Segunda-feira, 28 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 22 de setembro de 2022
A China condenou o ex-ministro da Justiça, Fu Zhenghua, de 67 anos, à morte com uma suspensão de dois anos por aceitar subornos, informa a mídia estatal nesta quinta-feira (22). Após o período de suspensão, a pena será comutada para prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
Fu foi vice-chefe do Ministério da Segurança Pública antes de se tornar ministro da Justiça em 2018, e liderou muitas investigações e repressões de alto nível, incluindo uma investigação há cerca de uma década sobre Zhou Yongkang, um ex-czar da segurança e o oficial mais poderoso da China moderna.
Em julho, Fu admitiu aceitar subornos superiores a 117 milhões de yuans (US$ 16,50 milhões).
Antes do julgamento de Fu na cidade de Changchun, no nordeste do país, o órgão anticorrupção da China determinou no início deste ano que ele também fazia parte de uma “gangue política” de Sun Lijun, um dos funcionários mais proeminentes do aparato de segurança a ser alvejado desde a condenação de Zhou em 2015.
Sun, que era vice-ministro de Segurança Pública quando as investigações contra ele começaram em 2020, admitiu na televisão estatal em janeiro que havia conspirado com alguns altos funcionários da lei com o objetivo de enriquecimento pessoal.
Sun também foi acusado de não aceitar a autoridade do presidente Xi Jinping.
A influência de Sun, que ainda não recebeu sua sentença, era tão difundida dentro do partido que foi descrita pelas autoridades como “venenosa” e o próprio Sun era como um “câncer” que precisava ser eliminado.
Na quarta-feira (21), três ex-chefes de polícia das províncias de Xangai, Chongqing e Shanxi foram condenados a prisão – incluindo um perpétuo – por corrupção.
Como Fu, eles também foram acusados de fazer parte do grupo de Sun e de serem desleais a Xi.
Nascido na província de Hebei, em 1955, Fu completou seus estudos de pós-graduação na Universidade de Pequim e, em 1973, ingressou no Partido Comunista da China. Antes da sua nomeação como Ministro da Justiça em 2018, ele liderou muitas investigações anti-corrupção, entre elas uma há cerca de dez anos sobre Zhou Yongkang, um ex-czar da segurança e o oficial mais poderoso da China antes da ascensão de Xi Jinping. As informações são do portal de notícias G1 e do jornal O Estado de S. Paulo.