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Mundo China e França defendem que vacina contra o coronavírus seja um “bem comum”, e resolução europeia pede reforma da Organização Mundial da Saúde

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Nove líderes participam da reunião anual da Organização Mundial da Saúde, que aconteceu virtualmente pela primeira vez em sua história. (Foto: Reprodução)

Em uma assembleia anual da OMS (Organização Mundial de Saúde) marcada pela disputa entre Washington e Pequim, e a primeira realizada virtualmente em sua história, vários países exigiram, nessa segunda-feira (18), que uma futura vacina contra o novo coronavírus seja um “bem público”. A covid-19 já infectou mais de 4,7 milhões e matou mais de 318 mil pessoas em todo o mundo, com sérias consequências para a economia global.

A China, o primeiro país a declarar casos da doença no final do ano passado, é acusada pelo governo americano de demorar a avisar outras nações e a tomar medidas internas para conter a propagação do vírus. Os Estados Unidos suspenderam suas contribuições à OMS no mês passado, e nessa segunda Donald Trump acusou a organização de ser um “fantoche da China”. Falando à assembleia, o secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, disse que o “fracasso da OMS” diante da pandemia “custou muitas vidas”.

Refutando as acusações, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que seu País “sempre” mostrou “transparência” e “responsabilidade”, compartilhando informações com a OMS e outros países em tempo hábil. Nessa segunda-feira, em mensagem em vídeo à reunião da OMS, ele prometeu compartilhar uma eventual vacina produzida na China e alocar US$ 2 bilhões para a luta global contra a covid-19, especialmente nos países em desenvolvimento.

“Qualquer eventual vacina desenvolvida pela China se tornará um bem público global, acessível e disponível nos países em desenvolvimento”, disse. “A China trabalhará com os membros do G-20 para implementar a iniciativa de alívio da dívida para os países mais pobres.”

Na mesma linha, o presidente francês, Emmanuel Macron, também disse, em mensagem de vídeo, que, se uma vacina for descoberta, “será um bem público global, ao qual todos deverão ter acesso”. Segundo a maioria dos especialistas, uma vacina só deverá ser finalizada em um prazo entre 12 e 18 meses.

A assembleia da OMS, que deve durar dois dias, discute uma resolução promovida pela UE (União Europeia) que defende o acesso equitativo a futuros medicamentos e vacinas contra a covid-19. A resolução pede uma “avaliação imparcial, independente e abrangente” da resposta internacional à crise, e propõe o lançamento “o mais rapidamente possível de um processo de avaliação” para examinar a resposta sanitária internacional e as medidas tomadas pela OMS diante da pandemia.

A resolução proposta pela UE é uma tentativa de forjar um consenso que possa evitar o veto tanto dos EUA quanto da China. Os EUA, ao lado de aliados como a Austrália, vinham pedindo uma investigação sobre a conduta da OMS e a origem do novo coronavírus, mirando em Pequim.

Já o governo chinês denuncia uma “politização” da questão, enfatizando que o “paciente zero” da Covid-19 não foi encontrado e que “não é necessariamente” chinês. Na mensagem de vídeo desta segunda-feira, Xi Jinping afirmou que que é a favor de uma “avaliação completa” e “imparcial” da resposta global ao novo coronavírus, uma vez que que a pandemia esteja sob controle.

“Nenhum assunto foi evitado na resolução, como a reforma da OMS e, em particular, de suas capacidades que se mostraram insuficientes para evitar uma crise dessa magnitude”, disse uma fonte diplomática europeia.

Nesse sentido, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que será iniciada uma avaliação independente a respeito de como a organização está lidando com a pandemia, prometendo transparência e responsabilidade.

“Todos temos lições a aprender com a pandemia. Todos os países e as organizações devem examinar sua resposta e aprender com sua experiência. A OMS está comprometida com a transparência, a prestação de contas e a melhoria contínua”, afirmou o diretor-geral.

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