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Brasil O Brasil pode ficar no fim da fila para receber a vacina contra o coronavírus

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Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para lançar iniciativa global que reúne países como França e Alemanha. (Foto: Reprodução)

O Brasil corre o risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra a covid-19 por uma iniciativa internacional visando acelerar a produção de vacina, tratamentos e testes contra a pandemia e assegurar um acesso equitativo.

Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para lançar a “Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra a Covid-19”, no fim de abril, reunindo países como França e Alemanha, organizações internacionais, fundações e empresas privadas.

Enquanto vários governos prometiam juntar forças contra o vírus, que já matou milhares de pessoas, Bolsonaro acusava a Organização Mundial de Saúde – OMS de incentivar masturbação de crianças, por exemplo.

No contexto dessa chamada “Act Accelerator”, a União Europeia conseguiu no espaço de algumas horas a promessa coletiva de 7,4 bilhões de euros para financiar desenvolvimento da vacina e outros instrumentos contra a pandemia, recentemente.

Agora, setores no Brasil na área de ciência e tecnologia se movimentam para convencer o governo a participar na ação global. Primeiro porque, apesar do discurso de acesso equitativo da iniciativa, o risco é de o País, se ficar fora do “Act Accelerator”, não ser prioritário para receber a vacina, não poder influenciar na questão de preços e enfrentar condições inferiores.

Por outro lado, se integrar a iniciativa global, o Brasil abre também oportunidade para a Fiocruz e indústria brasileira fazerem alguma etapa do processo produtivo. Será necessário um volume tão gigantesco de vacinas, que vai se precisar de muitas fábricas em torno do mundo para produzir.

A participação na iniciativa global é voluntária e a oportunidade para entrar continua aberta. Esse é o caso também de um movimento convergente que será lançada no fim do mês, a chamada “Call to Action”. Trata-se de uma plataforma proposta pela Costa Rica para facilitar o acesso e uso de dados, conhecimento e propriedade intelectual de tecnologia para detectar, prevenir, controlar e tratar a pandemia.

Com a imagem bastante deteriorada, o Brasil é visto com espanto no exterior e ainda mais agora, com demissões de dois ministros da Saúde em um mês em plena pandemia, provocando questionamentos sobre o custo humano de orientações contraditórias.

Tampouco contribuiu a tensão que o Itamaraty construiu com a China nas últimas semanas, com o chanceler Ernesto Araújo insistindo sobre o risco do comunismo em diferentes eventos públicos ou privados. O resultado: dificuldades para ter acesso aos produtos de Pequim para lidar com a crise, como respiradores ou máscaras.

Críticas a quem ignorou o vírus

Durante a Assembleia Mundial da Saúde, ocorrida nessa segunda, mensagens veladas ao Brasil foram lançadas. Secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, criticou governos que “ignoraram” alertas sobre a gravidade da pandemia e apontou que a economia só vai se recuperar quando vírus for vencido.

Guterres não citou nomes de países. Mas, desde a semana passada, o Brasil passou a estar no centro das atenções internacionais diante do número elevado de casos e mortes, além de uma sensação de desgoverno diante da mudança de ministros e a falta de uma estratégia.

O temor entre os técnicos é de que, sem um controle no Brasil, toda a América do Sul pode estar ameaçada. “Países diferentes têm seguido estratégias diferentes, às vezes contraditórias, e todos nós estamos pagando um preço pesado”, alertou Guterres.

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https://www.osul.com.br/o-brasil-pode-ficar-no-fim-da-fila-para-receber-a-vacina-contra-o-coronavirus/ O Brasil pode ficar no fim da fila para receber a vacina contra o coronavírus 2020-05-18
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