Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de novembro de 2015
Pesquisadores da Universidade de Leipzig, na Alemanha, analisaram o comportamento de dezenas de milhares de pessoas para tentar descobrir se a ordem de nascimento de uma criança influi na sua inteligência e sua personalidade.
Os cientistas contaram com 20 mil pessoas da Grã-Bretanha, Alemanha e Estados Unidos para verificar o quanto elas eram neuróticas, extrovertidas, abertas e simpáticas e concluíram que a personalidade não é afetada pela ordem de nascimento.
Mas, o estudo observou uma pequena diferença na inteligência – os irmãos mais velhos tendem a ser ligeiramente mais inteligentes do os irmãos mais jovens.
Os pesquisadores também descobriram que há diferenças na maneira como os irmãos pensam. Os mais velhos têm uma probabilidade maior de concordar com afirmações como “sou rápido para entender as coisas” do que os irmãos mais novos.
Estas pessoas também tinham uma probabilidade maior de dizer que acharam fácil compreender ideias abstratas e que tinham um vocabulário mais rico do que os irmãos mais novos.
Apesar de as razões para essas conclusões não estarem claras, pesquisas anteriores sugerem que elas podem estar mais ligadas ao status social do filho mais velho dentro da família do que a mudanças biológicas ocorridas no útero da mãe.
Saúde
Outra característica que a pesquisa mostrou é relativa à saúde: os filhos mais novos parecem ser mais saudáveis que os mais velhos.
Vários outros estudos já analisaram a relação entre a ordem de nascimento e a incidência de diabetes tipo 1. Cientistas observaram que os filhos que nasceram depois, em segundo lugar, terceiro ou depois, apresentavam risco mais reduzido da doença quando comparados aos filhos que nasceram primeiro.
Especialistas sugerem que isto é causado por mudanças no útero da mãe ou devido a experiências depois do nascimento, como um atraso na exposição da criança mais velha à infecções.
Os irmãos mais novos têm uma probabilidade maior de serem expostos a uma variedade maior de vírus e bactérias mais cedo que os irmãos velhos, pois os mais velhos trazem estas doenças para casa quando voltam da escola.
Segundo especulações de pesquisadores isto pode estimular o sistema imunológico dos mais novos e reduzir o risco de as defesas destas crianças atacarem de forma incorreta – o que resultaria em doenças autoimunes como diabetes tipo 1.