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Variedades Cientistas defendem uso do Viagra para o tratamento do Alzheimer; entenda

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A substância já é utilizada, em doses distintas, para hipertensão arterial pulmonar. (Foto: Reprodução)

Cientistas da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, publicaram um estudo na revista científica Journal of Alzheimer’s Disease em que defendem a possibilidade de reposicionar a sildenafila, princípio ativo do medicamento para disfunção erétil Viagra, também para o tratamento do Alzheimer. A substância já é utilizada, em doses distintas, para hipertensão arterial pulmonar, vendida sob o nome comercial de Revatio.

No trabalho, os pesquisadores citam evidências de modelos computacionais, dados de vida real obtidos com planos de saúde e estudos de observação das células cerebrais de pacientes com o diagnóstico. O Alzheimer é a forma mais prevalente de demência e, embora deva alcançar mais de 139 milhões de pessoas em 2050, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda conta com alternativas limitadas de tratamento.

“Nossas descobertas dão mais peso à reorientação deste medicamento existente, aprovado pela FDA (agência reguladora americana, equivalente à Anvisa no Brasil), como um novo tratamento para a doença de Alzheimer, que necessita muito de novas terapias”, afirma Feixiong Cheng, pesquisador do Instituto de Medicina Genômica do centro médico que liderou a pesquisa, em comunicado.

Cheng explica que a equipe utilizou inteligência artificial para “integrar dados em múltiplos domínios que indicavam o potencial da sildenafila contra essa doença neurológica devastadora”. O novo trabalho é uma sequência de um anterior, feito em 2021 e publicado no periódico Nature Aging, que analisou uma base de dados de sete milhões de pacientes e encontrou uma incidência 69% entre os que faziam uso da sildenafila.

No estudo recém-publicado, uma avaliação mais ampla, incluindo duas bases de dados distintas, identificou a mesma redução, porém de 30% a 54%. Além disso, a pesquisa trouxe novas evidências para apoiar o reposicionamento. Testes com células cerebrais de pacientes mostraram que a molécula diminuiu os níveis de proteínas tau, substâncias que se acumulam em pessoas com Alzheimer formando placas.

Eles também observaram que neurônios que receberam a sildenafila expressaram genes relacionados a crescimento celular, função cerebral melhorada, menor inflamação e outros processos biológicos ligados a uma proteção contra a neurodegeneração característica da doença.

Na conclusão do estudo, os cientistas escrevem que “essa validações de dados de pacientes do mundo real e observações mecanicistas de neurônios” sugerem que a sildenafila “é um medicamento potencialmente reaproveitável para a doença de Alzheimer”.

No entanto, destacam que “ensaios clínicos randomizados são necessários para validar os efeitos causais do tratamento”. Testes clínicos, como os em que o uso do remédio é monitorado e comparado com um grupo que recebe placebo, são considerados essenciais para comprovar a eficácia de uma intervenção e conseguir a aprovação de uso por agências reguladoras.

Ainda assim, os pesquisadores ressaltam que os resultados do estudo publicado agora revelam como o uso de modelos computacionais pode auxiliar a encontrar novas alternativas terapêuticas de forma rápida, e destacam que o reposicionamento de um medicamento já existente oferece uma perspectiva mais barata e de amplo acesso ao tratamento.

“Depois de integrar esta grande quantidade de dados computacionalmente, é gratificante ver os efeitos da sildenafila nos neurônios humanos e nos resultados dos pacientes no mundo real. Acreditamos que nossas descobertas fornecem as evidências necessárias para que os ensaios clínicos examinem melhor a eficácia potencial da sildenafila em pacientes com doença de Alzheimer”, continua Cheng.

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