Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2016
O robô espacial Philae, enviado ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko para fazer o primeiro pouso controlado no núcleo de um cometa do Sistema Solar e que se pensava perdido desde que aterrou em 2014, foi encontrado pela sonda Rosetta, a poucas semanas do término de sua missão.
A ESA (Agência Espacial Europeia) encontrou o Philae ao analisar fotografias enviadas pela sonda Rosetta. A estrutura teve pouso difícil e, desde então, os cientistas tentavam localizar onde, exatamente, estava o robô.
Já se sabia que a estrutura tinha aterrado em uma zona sem luz, que não permitiu que carregasse a sua bateria a energia solar, tendo terminado o seu contato com a Terra 60 horas depois da aterragem. No entanto, a sua localização exata não era conhecida.
Localização.
Depois de comparar diferentes imagens de uma região da superfície do cometa, os cientistas da ESA encontraram um ponto brilhante, com características semelhantes às de Philae, o robozinho que faz parte da sonda espacial Rosetta. Segundo os especialistas, o ponto brilhante não está presente em imagens tiradas do local antes do dia 22 de outubro, mas aparece nas fotos enviadas pela Rosetta após 12 de dezembro – o que pode ser prova de que se trata, realmente, da primeira visão de Philae no cometa que orbita entre Júpiter e a Terra.
Apesar de não ser possível “ressuscitar” a sonda, saber onde se encontra exatamente vai ajudar os cientistas a perceber melhor os dados que enviou durante os três dias de missão.
“Foi muito importante encontrar a Philae antes do fim da missão [da Rosetta], para perceber melhor o contexto [dos dados enviados]”, comentou Mark McCaughrean, orientador sênior da ESA.
A equipe responsável pela exploração do solo do cometa 67P tem usado diversos métodos de busca pela sonda, já que saber sua exata localização auxiliaria no mapeamento correto da superfície. “Com a precisão da localização (…) [obteremos] a melhor avaliação da estrutura interior do núcleo do cometa”, explicou o cientista do projeto Rosetta da ESA, Matt Taylor.
“Saber onde Philae está pode nos fornecer um contexto importante para as medições e informações para uma eventual operação. Nesse meio tempo, a Rosetta continua a observar o cometa a distância”, finaliza.
A última fase da missão acontece em 30 de setembro, data em que os cientistas vão despenhar a sonda Rosetta no cometa, de forma a recolher várias imagens próximas.