Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2025
A busca por um visual mais natural também motiva muitas mulheres a substituir ou retirar os implantes.
Foto: ReproduçãoRomana Novais, Andréa Nóbrega, Vivi Wanderley e Xuxa Meneghel estão entre as celebridades que precisaram substituir as próteses de silicone nos seios devido a uma complicação conhecida como contratura capsular – uma das intercorrências mais comuns nesse tipo de procedimento estético.
A colocação de próteses mamárias é uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil há décadas. Embora considerada segura, a técnica pode gerar efeitos adversos, sendo a contratura capsular a complicação mais frequente.
“Trata-se de uma reação do organismo, que forma uma cápsula ao redor da prótese. O problema ocorre quando essa cápsula se torna rígida, comprimindo o implante e provocando dor, endurecimento e deformidade na mama”, explica o cirurgião plástico Romero Almeida, diretor da Clínica Moderna Sculpt e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Nesses casos, a cirurgia corretiva envolve a retirada da cápsula endurecida e, frequentemente, a troca da prótese. Segundo a cirurgiã plástica Heloise Manfrim, também membro da SBCP, o procedimento costuma incluir a realocação do implante para o plano submuscular – abaixo do músculo peitoral – técnica que reduz as chances de nova contratura.
Além dessa complicação, especialistas apontam outros três motivos frequentes que levam pacientes a refazer a cirurgia de implante mamário:
Rippling
O rippling é um efeito estético no qual a superfície da prótese cria ondulações visíveis sob a pele, especialmente em pacientes com baixo índice de gordura corporal. “Isso acontece quando a prótese é colocada muito próxima à pele, no plano subglandular. Embora não seja uma complicação médica, pode incomodar visualmente. A solução geralmente é reposicionar o implante em um plano mais profundo”, explica Heloise.
Desconforto físico
Com o passar do tempo, próteses muito grandes podem causar desconforto físico, especialmente em função do envelhecimento e das mudanças naturais do corpo. “Implantes volumosos podem sobrecarregar a coluna, causar dores musculares e distensão da pele. Nesses casos, a paciente pode optar por reduzir o tamanho do implante ou até mesmo removê-lo”, afirma a cirurgiã plástica Beatriz Lassance.
Mudança nos padrões
A busca por um visual mais natural também motiva muitas mulheres a substituir ou retirar os implantes. “O padrão de beleza mudou. Antes, a preferência era por seios volumosos, hoje há uma tendência por resultados mais discretos. Muitas pacientes estão optando por próteses menores ou pelo explante mamário”, observa Beatriz.
Técnicas menos invasivas
O cirurgião plástico Carlos Manfrim destaca ainda a chegada de técnicas mais modernas, como o Preservé, voltado para quem deseja um aumento discreto das mamas. “Esse procedimento pode ser realizado em consultório, com anestesia local e sedação. Leva cerca de 20 minutos e não exige afastamento das atividades. A cicatriz também é mínima, com menos de 2 cm”, explica.