Quarta-feira, 08 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2025
Claudia Leitte explicou, em entrevista ao podcast Flow, por que decidiu continuar cantando em festas de Carnaval mesmo após sua conversão religiosa. A cantora disse que se questiona o tempo todo sobre o assunto.
No entanto, ela diz não ter pudor em trabalhar com o Carnaval. Outros nomes que se converteram para a religião evangélica seguiram normalmente. Ela citou o cantor Xanddy e a ex-dançarina Carla Perez.
“Já existiu uma contradição na minha cabeça. É um questionamento massa pra si mesmo, porque faz você ficar mais no lugar onde tem que ficar, que é sua fé. Xanddy é cristão”, explicou.
“É um negócio muito doido, porque isso é desse tempo e eu sou cristã há muito mais tempo. Me questiono o tempo todo. Carla Perez também é cristã, tem uma galera que se converteu ao cristianismo”, afirmou.
Claudia Leitte também pontuou que não gosta de falar muito sobre o assunto. Segundo ela, se existe a impressão de que sua fé é menor que a de outras pessoas, o que ela jura não ser verdade.
“Minha relação é com Jesus. Ele não é só o Cara que morreu na cruz por mim. Ele é meu melhor amigo. Eu amo o próximo. Quando estou lá em cima (do trio), eu amo aquela galera. A doutrina e os dogmas são das pessoas. Eu já tenho essa consciência”, completou Claudia Leitte.
Nascimento
Claudia Leitte contou recentemente pela primeira vez os detalhes sobre seu nascimento, 45 anos atrás. Em entrevista ao site RivoNews, a cantora criada desde os primeiros dias de vida em Salvador, Bahia — mas nascida em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro — revelou que sua chegada ao mundo foi uma “aventura”, com direito a sua mãe viajando de avião mesmo com a bolsa rompida e ajuda de batedores para chegar mais rápido à maternidade.
“Vocês sabem como foi meu nascimento? Foi muito doido, assim. Minha mãe estava aqui em São Paulo com meu pai, meu pai trabalhava aqui. A bolsa rompeu e ela no aeroporto dizendo que ia parir na Bahia. Minha mãe é baiana, queria ir para casa, e falou: ‘eu vou de qualquer jeito’. Colocou fralda geriátrica e entrou no avião com a bolsa rompida, não falou nada”, começou.
“Meu pai, desesperado, ligou aqui no aeroporto de São Paulo… E não tinha esse negócio de celular, era orelhão! Então ligou para a minha família. Meu pai é do Rio de Janeiro, é de Niterói, e falou assim: ‘minha mulher é louca, mas eu não sou, a bolsa rompeu, prepara aí’. Meu tio médico, obstetra, foi receber”, completou.
Chegando ao Rio, os pais de Claudia foram direto encontrar o tio da artista. “Aí meu pai foi para a ponte Rio-Niterói dirigindo em alta velocidade, a polícia parou e falou: ‘o senhor está em alta velocidade aqui na ponte Rio-Niterói, isso é um absurdo!’ E ele falou: ‘absurdo é minha mulher em trabalho de parto aqui atrás’”, explicou, aos risos.
“Minha mãe diz que não sentia nada e ainda demorou umas dez horas para que eu nascesse. Foram para o hospital de batedor, dois batedores na frente e ela veio a relembrar esse fato na cidade de Natal, porque foi a primeira vez que eu fui para um trio elétrico, eu tinha 20 anos de idade, com batedor na frente, e eles não tinham noção que eu estava estourada, famosa. Aí minha mãe falou assim: ‘olha, estamos em Natal, e ela está nascendo de novo, igual’. É chique, né? Batedores abrindo caminho: ‘sai, sai’”, brincou.