Sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de abril de 2017
A colaboração de pessoas que privavam da intimidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou a Operação Lava-Jato a fechar o cerco contra ele. Nas últimas duas semanas, os depoimentos dos empreiteiros Emílio Odebrecht e de Léo Pinheiro, ambos muito próximos a Lula, agravaram as denúncias contra o líder petista. Além disso, o marqueteiro João Santana, responsável por sua imagem pública desde o escândalo do mensalão, também fechou acordo de delação premiada.
A situação pode piorar se o ex-ministro Antonio Palocci confirmar a hipótese que deixou em aberto ao juiz federal Sérgio Moro, colocando-se à disposição da força-tarefa para támbém colaborar com as investigações do escândalo de corrupção na Petrobras.
Após mais de três anos de Lava-Jato, Lula já é réu em cinco ações penais, e a nova leva de delações que o envolve agrava sua situação porque esses delatores fecham algumas pontas soltas de histórias sob apuração. Depois desses depoimentos, a defesa do ex-presidente subiu o tom, estendendo o enfrentamento aos demais procuradores e reforçando as baterias junto a outras instâncias.
O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente, disse ter a impressão de que, na Lava-Jato, “advogados de delatores são tratados de forma diferente dos demais defensores”. Em uma reação ao suposto tratamento diferenciado, ele encaminhou à PGR (Procuradoria-Geral da República um pedido de apuração sobre a conduta dos procuradores, que teriam condicionado a assinatura do acordo de delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro a alguma informação que incriminasse Lula. O recurso ainda não foi julgado.