Quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2016
A PGR (Procuradoria-Geral da República) suspeita que o senador Fernando Collor (PTB-AL) utilizou a aquisição de obras de arte milionárias para lavagem de dinheiro.
Os indícios, surgidos durante investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras, levaram o STF (Supremo Tribunal Federal) a autorizar uma operação de busca e apreensão em endereços de um restaurador que teria intermediado a venda de quadros ao parlamentar.
Na operação, feita em julho na residência de Collor em Brasília, já haviam sido apreendidos quadros de alto valor, incluindo uma tela de Di Cavalcanti adquirda por 2 milhões de reais.
Para a PGR, a descrição é compatível com denúncia anônima sobre um leiloeiro e galerias por meio dos quais o senador teria adquirido peças com dinheiro em espécie. Os investigadores obtiveram notas fiscais que comprovam vendas no valor de pelo menos 1,5 milhão de reais ao senador.
Em dezembro, o STF deferiu pedido da Procuradoria para busca e apreensão em endereços de um restaurador em São Paulo. De acordo com o que foi apurado, ele representava Collor em leilões de arte, mantendo contato direto – por mensagens de celular – para a realização dos lances.
A PGR já denunciou Collor ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro desviado da Petrobras. (Folhapress)