Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2016
Desde a prisão do pecuarista João Carlos Bumlai, em novembro do ano passado, está disseminado pelo governo e pelo PT o temor de que se acumulem provas que comprometam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava-Jato. A revelação do depoimento do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró aproxima Lula das denúncias de modo inequívoco e dará ainda mais trabalho a seus advogados.
Cerveró afirmou ter recebido do petista, após deixar a área internacional da estatal, um cargo na BR Distribuidora como “reconhecimento” por seu papel na quitação de um empréstimo de 12 milhões de reais concedido a Bumlai pelo Banco Schahin e encaminhado ao PT em 2004. A quitação, segundo a delação premiada do ex-diretor, com depoimentos do próprio Bumlai e de executivos do Grupo Schahin presos na Lava-Jato, foi feita por meio da concessão de um contrato de 1,6 bilhão de reais ao grupo, assinado em 2009, para a construção de uma sonda da companhia petrolífera.
As investigações prosseguem agora com denúncias contra o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. A operação continua a girar seus rotores felpudos e ensaboados e despejar a espuma clara de seu detergente sobre a elite de Brasília – e Lula, em que pesem todas as negativas e todos os “supostos”, continua na fila. (Helio Gurovitz/AG)
