Quinta-feira, 22 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 11 de maio de 2025
Após três semanas de pausa devido à falta de doses, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre retoma nesta segunda-feira (12) a oferta de vacinação contra a dengue em todos os postos da rede. O serviço tem como público-alvo a faixa etária dos 10 aos 15 anos incompletos, mediante esquema de duas doses em um intervalo de três meses.
A retomada foi possível graças ao recebimento de novo lote do Ministério da Saúde, com 24.641 unidades do imunizante Qdenga, produzido pelo laboratório japonês Takeda Pharma e que protege contra quatro diferentes sorotipos da doença. Idosos ainda não podem receber o fármaco, porque os estudos científicos sobre a segurança e eficácia para esse segmento populacional estão em andamento.
O público-alvo abrange quase 73 mil crianças e adolescentes que residem na cidade. Desde o início da vacinação contra a dengue na capital gaúcha (no fim do primeiro semestre do ano passado), já foram aplicadas 20.475 primeiras doses (28%) e 6.539 segundas doses (8,9%).
Com o avanço dos casos de dengue, o poder público municipal decretou situação de emergência, vigente desde o dia 17 de abril. Porto Alegre acumula neste ano cerca de 6 mil testes positivos, com três mortes. A Zona Norte é a região com a maior incidência de casos da doença. Os dados – bem como os endereços dos postos – podem ser consultados no site prefeitura.poa.br.
Prevenção
Igualmente fundamentais são as medidas de prevenção da dengue. A população deve colaborar eliminando focos de água parada em recipientes como pneus, vasos de plantas, garrafas, calhas e caixas d’água. Também é recomendado o uso de repelente, instalação de telas em portas e janelas e atenção redobrada em locais com maior incidência da doença.
A secretaria orienta que, diante de sintomas como febre alta, dor no corpo, dor atrás dos olhos e manchas na pele, a população procure imediatamente uma unidade de saúde para avaliação médica. Se não tratada a tempo, a dengue pode evoluir para quadros graves, com risco de morte sobretudo em crianças, idosos e indivíduos com outras doenças pré-existentes.
Equipes da SMS permanecem mobilizadas em ações de controle do mosquito Aedes aegypti, cuja picada da fêmea transmite dengue, zika e chikungunya. A ofensiva conta com o apoio do Exército, reprisando assim uma parceria estabelecida no ano passado e que inclui atendimento a indivíduos sintomáticos, mutirões de limpeza, visitas domiciliares e ações educativas em escolas.
(Marcello Campos)