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Geral Com o uso de engenharia genética, cientistas do Brasil, dos Estados Unidos e da Inglaterra produzem uma substância contra o vírus da aids

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Uma das metas é eliminar a transmissão vertical do vírus, de mãe para filho, um desafio de saúde pública em todo o mundo. (Foto: Reprodução)

Dentro de alguns anos, farmácias do mundo todo podem passar a ter uma novidade: um gel íntimo capaz de evitar a transmissão do vírus da aids. Bastaria aplicar o produto, feito à base de soja transgênica, pouco antes das relações e, pronto, proteção garantida. Simples assim, quase mágica — mas não é.

O gel é fruto de uma longa pesquisa realizada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) e a Universidade de Londres. Com uso de engenharia genética, os pesquisadores extraíram cianovirina, uma proteína encontrada em algas, e a incorporaram às plantas de soja. Outros geneticistas haviam conseguido acrescentar tal substância protetora em bactérias, mas o processo todo ficava muito caro — e, em consequência, o produto seria inviável para a população mais pobre.

É na cianovirina que se esconde todo o segredo da eficiência do gel. Essa proteína se prende à capa do vírus HIV e impede sua capacidade de ação. “A beleza da cianovirina é que ela se liga a três pontos diferentes da capa proteica do HIV. Outras moléculas se ligam apenas a um ponto”, explica Elíbio Rech, engenheiro agrônomo da Embrapa. Ou seja, mesmo que o vírus sofra alguma pequena mutação, não conseguirá vencer a disputa contra a cianovirina. É nisso que apostam os cientistas.

“É importante ressaltar que a soja será plantada em ambientes de controle, não nas mesmas áreas de cultivo voltado para consumo animal e humano”, enfatiza Rech. “Ninguém corre o risco de consumir esse alimento. Não é preciso ter medo”, declara o engenheiro.

Só não se sabe ainda em quanto tempo o produto poderá estar disponível. Por aqui, de acordo com Rech, algumas empresas já demonstraram interesse pelo gel, mas antes é necessário que ele passe pela fase de testes clínicos, em que serão avaliados possíveis efeitos colaterais.

Mitos

Infecções pelo vírus HIV são um problema grave para a saúde a nível global, já que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 35 milhões de pessoas já perderam a vida por causa da doença. No ano passado, foram quase 1 milhão de mortes relacionadas ao HIV em todo o mundo.

Atualmente, há cerca de 37 milhões de pessoas vivendo com o vírus, sendo 70% delas na África. Do total, 1,8 milhão foram infectados em 2017.

Desde o primeiro ciclo de expansão da Aids, na década de 1980, todo tipo de desinformação e mitos alimentou o preconceito e o estigma sobre como é ser contaminado e viver com o HIV. Estar infectado com o vírus é a única maneira de ser diagnosticado com a doença.

No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro, desmistificamos algumas dessas afirmações equivocadas.

Mito 1) É possível contrair o vírus estando perto de pessoas HIV positivo

Essa informação falsa tem fomentado a discriminação contra pessoas soropositivas há muito tempo.
E, apesar de todas as campanhas de conscientização, em 2016 cerca de 20% das pessoas no Reino Unido ainda acreditavam que o HIV podia ser transmitido por contato pele a pele ou por meio da saliva.
Mas ele não se espalha pelo toque e nem por meio de lágrimas, suor, saliva ou urina.

Perto de alguém que seja HIV positivo, não é possível que você seja contaminado ao: respirar em um mesmo ambiente; abraçar, beijar ou apertar as mãos; dividir itens de alimentação; compartilhar uma fonte de água potável; usar equipamentos comuns na academia; tocar em um assento de vaso sanitário ou uma maçaneta.

O HIV é transmitido por meio da troca de fluidos corporais com indivíduos infectados, como sangue, sêmen, fluido vaginal e leite materno.

Mito 2: Remédios alternativos podem curar a Aids

Nada verdadeiro. Terapias alternativas, tomar banho depois do sexo ou transar com uma virgem – elementos que aparecem no universo da desinformação a respeito do tema – não surtirão efeito contra o HIV.

O mito da “limpeza virgem”, que se espalhou na África subsaariana, em partes da Índia e da Tailândia, é particularmente perigoso.

Ele levou ao estupro de meninas muito jovens e, em alguns relatos, até mesmo de bebês – também colocando-os sob risco de contrair o HIV.

Acredita-se que o mito tenha raízes na Europa do século 16, quando as pessoas começaram a contrair sífilis e gonorreia. A falsa terapia também não funciona para estas doenças.

Quanto a orações e rituais religiosos, embora possam ajudar as pessoas a lidar com situações difíceis, eles não têm efeito medicinal sobre o vírus.

Mito 3) Mosquitos podem espalhar o HIV

Embora o vírus do HIV seja transmitido por meio do sangue, diversos estudos mostram que você não pode contraí-lo ao ser picado por insetos que se alimentam do sangue humano.

Isso por dois motivos:

1) Quando os insetos mordem, eles não injetam na próxima vítima o sangue da pessoa ou animal que morderam antes;

2) O HIV vive apenas por um curto período de tempo dentro deles.

Então, mesmo que você more em uma área com muitos mosquitos e com alta prevalência de HIV, as duas coisas não estão relacionadas.

 

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