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Economia Com pandemia, comércio eletrônico tem salto em 2020 e dobra participação no varejo brasileiro

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Segundo associação, vendas cresceram 68% no ano passado

Foto: Divulgação
Segundo associação, vendas cresceram 68% no ano passado. (Foto: Divulgação)

O setor de vendas on-line registrou um salto recorde em 2020, refletindo o aumento na demanda por conta da pandemia de coronavírus e também o maior número de empresas que decidiram entrar no comércio eletrônico.

Segundo levantamento da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), em parceria com a Neotrust, o crescimento nas vendas foi de 68% na comparação com 2019, elevando a participação do e-commerce no faturamento total do varejo, que passou de 5% no final de 2019 para um patamar acima de 10% em alguns meses do ano passado.

A associação estima que 20,2 milhões de consumidores realizaram pela primeira vez uma compra pela internet em 2020 e que 150 mil lojas passaram a vender também por meio das plataformas digitais. Foram mais de 301 milhões de compras pela internet, com um valor médio de R$ 419, segundo o balanço.

“No auge da quarentena, com as pessoas tentando praticar o isolamento social, a gente chegou a ter o registro de uma nova loja virtual a cada minuto”, afirma Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABComm.

“O setor enfrentou números nunca vistos antes, um crescimento repentino, não planejado e não esperado”, acrescentou. O salto do comércio eletrônico em 2020 foi o maior já visto no País, mas não há estatísticas oficiais atualizadas sobre o avanço da participação desse canal nas vendas totais do comércio.

Com base na última Pesquisa Anual de Comércio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e em dados da Receita Federal, a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) calcula que a participação das vendas pela internet no varejo brasileiro era de 3,8% em 2018 e atingiu pelo menos 6% em 2020.

Segundo a CNC, dados da Receita sobre notas fiscais eletrônicas mostram que o faturamento real do e-commerce, descontada a inflação, avançou 37% ante 2019, totalizando valor um recorde de R$ 224,7 bilhões no ano passado.

“A gente percebe que há um processo de ganho de relevância das vendas online no total das vendas do varejo. O e-commerce passou a ser uma estratégia vital, em alguns casos até mesmo em termos de sobrevivência do estabelecimento”, afirma Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, destacando que os valores movimentados são ainda mais vultosos se considerados também o B2B (empresa para empresa) e o C2C (cliente para cliente).

Junto com o auxílio emergencial, o avanço do comércio eletrônico foi o que garantiu o varejo brasileiro fechar 2020 no azul, com alta de 1,2%, segundo dados do IBGE, em um ano em que a economia teve contração estimada em mais de 4%.

Balanços das grandes empresas do setores e relatórios de mercado também confirmam o desempenho impressionante do comércio eletrônico em 2020, na contramão da economia.

O Magazine Luiza, por exemplo, reportou um crescimento de 148% nas vendas digitais da companhia no 3º trimestre, na comparação com o mesmo período de 2019. O salto fez o canal responder por dois terços das vendas totais (66%), um avanço de 18 pontos percentuais.

Outras grandes empresas do setor também anunciaram investimentos vultosos nos últimos meses. A Dafiti inaugurou neste mês em Extrema (MG) seu maior centro de distribuição na América Latina. Com um investimento de mais de R$ 300 milhões, a unidade tem capacidade para a separação de até 5 mil produtos por hora mediante o uso de robôs.

Já o Mercado Livre, que se tornou no ano passado a maior empresa da América Latina em valor de mercado, anunciou a abertura de cinco novos centros logísticos no Brasil até o fim de 2021, dobrando a capacidade logística no País.

tags: Brasil

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