Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2015
A campanha para as eleições legislativas de 6 de dezembro começou nesta sexta-feira na Venezuela, em um ambiente marcado pela detenção, nos Estados Unidos, de dois sobrinhos da esposa do presidente Nicolás Maduro e com o governo e a oposição reivindicando seu favoritismo. A contenda começou com diversos atos e a expectativa de uma reação de Maduro à captura de dois familiares da primeira-dama venezuelana Cilia Flores, na terça-feira no Haiti, de onde policiais da agência norte-americana antidrogas os levaram a Nova York (EUA). Ali, foram acusados de conspirar para introduzir 5 quilos de cocaína nos Estados Unidos.
Três dias depois da detenção de Efrain Campo e Francisco Flores, nenhuma autoridade venezuelana tinha comentado o caso, que abriu uma nova frente às vésperas das eleições em que a oposição ameaça levar a maioria legislativa pela primeira vez em 16 anos de governo chavista.
Em meio a este silêncio, a coalizão opositora MUD (Mesa da Unidade Democrática) – à qual várias pesquisas dão vantagem de 14 a 31 pontos – reivindicou uma investigação dos fatos, concretamente para determinar porque Campo, 30 anos, e Flores, 29, supostamente estavam com passaportes diplomáticos.
“Aqui há um caso que escandaliza toda a nação (…) e deve haver uma resposta. Queremos que haja uma investigação imediata”, disse a jornalistas Jesús Torrealba, secretário-geral da MUD.
Nos últimos dias, o governo Maduro – que assegura ter 40% dos votos – se viu na defensiva diante das críticas do secretário-geral da Organização de Estados Americanos, Luis Almagro, pela negativa da autoridade eleitoral em aceitar uma missão de observação deste organismo.