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Por Redação O Sul | 3 de março de 2018
Começa nesta segunda-feira, em Não-Me-Toque, uma das maiores feiras do agronegócio do Cone Sul, a Expodireto Cotrijal que chega a sua 19ª edição, apoiada este ano no slogan Negócios que inspiram o amanhã. Realizada anualmente em março, a feira reuniu em 2017 cerca de 240 mil pessoas com negócios fechados pelos expositores na ordem de 2,2 bilhões de reais, valores que projetam a Expodireto como uma das expressivas iniciativas do setor no Brasil e com destaque internacional. “A feira vai oferecer aos visitantes fóruns, eventos, lançamentos nas áreas de máquinas, produção vegetal e animal e os outros espaços privilegiados com tecnologias, oportunidades de negócios e informações”, ressalta o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, que comanda a entidade desde 1995.
Em 60 anos de atividades, a Cotrijal caminha com solidez, construindo uma história de sucesso. Tudo começou em 1957, quando 11 agricultores da Associação Rural de Não-Me-Toque se reuniram para viabilizar a produção do trigo, principal cultura da época. Na ocasião, o governo federal construía armazéns para as crescentes safras de trigo no país, mediante a formação de uma cooperativa. A então empossada diretoria adotou uma estratégia ousada e que definiria a base da Cotrijal nos próximos anos. Procurar compradores para o trigo e oferecer armazenamento de graça passava a ditar os passos da instituição e, com isso, também aumentar o número de associados.
“Logo o governo começou a comprar o trigo da cooperativa e, para venderem com segurança, os agricultores sentiram a necessidade de serem associados. Aos poucos, foram se convencendo de que trabalhar de forma associativa possibilitaria melhores condições de desenvolver suas atividades e de conseguir melhores lucros”, lembra Mânica. A busca pela profissionalização, crescimento e desenvolvimento setorial é a palavra de ordem da Cooperativa, engajada com propostas, muitas delas pioneiras. Exemplos, a compra de um equipamento completo de secagem e padronização de grãos para armazenagem ao perceber a importância deste item; a compra do primeiro computador em 1973 , iniciando o processo de informatização da entidade ou a preocupação com o meio ambiente com a criação de um setor de reflorestamento.
Adequando-se às exigências do mercado e de seus associados e clientes, entre 1970 e o final da década de 1980, a cooperativa consolidou-se também na cultura da soja e passou a oferecer inúmeras alternativas de negócios, entre elas, a área de varejo, iniciada com uma loja de insumos e um supermercado e que hoje forma um complexo de treze lojas, sete supermercados e um atacado.
Na década de 1980, a Cotrijal passou a fomentar com maior intensidade a pecuária de leite, hoje fonte de renda tão importante quanto a produção de grãos em muitas propriedades, que, com o apoio da Cooperativa, profissionalizaram-se na atividade.
Consciente de que o peso da família nas decisões é cada vez maior, a Cotrijal tem direcionado importantes trabalhos à mulher, aos jovens e às crianças. “O objetivo é agir de forma integrada para que os resultados, tanto para a propriedade como a instituição, sejam os melhores possíveis” atesta Mânica.
O compromisso da Cotrijal é disponibilizar informações, tecnologias e serviços que possam melhorar o resultado das propriedades e garantir segurança e renda ao associado. A cooperativa mantém um complexo que inclui assistência técnica e veterinária, recebimento e beneficiamento e comercialização de grãos, fornecimento de insumos, viabilização de crédito, fábrica de rações, lojas e supermercados.
Politicamente, a Cotrijal tem respaldado permanentemente o produtor, desenvolvendo ações em defesa de temas como: seguro rural, endividamento agrícola, biotecnologia e questão florestal.
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