Brasil Como a inflação vai fechar 2015 acima do limite máximo estabelecido, Tombini precisa dar uma explicação formal
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2015
Pela quarta vez desde 1999 – quando foi implantado no Brasil o regime de metas de inflação –, um presidente do BC (Banco Central) terá de redigir uma carta ao ministro da Fazenda, divulgada publicamente, para explicar as razões para o descumprimento da meta e dizer o que fará para segurar a alta de preços. A carta deve conter ainda uma previsão de quando o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) voltará a ficar dentro do limite estipulado.
A inflação fechará 2015 acima de 10%, a maior marca desde 2002, quando ficou em 12,5%. Naquela época, o teto era de 5,5%, menor que os 6,5% que vigoram atualmente – a meta deste ano era de 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais tanto para cima quanto para baixo.
No regime de metas de inflação, o BC se compromete a manter o crescimento de preços em um determinado nível. Ou seja, o regime estabelece que a política monetária será guiada pelo controle da inflação, e não por outras variáveis como crescimento. Também não pode haver uma meta para o câmbio.
Nos últimos dias, o presidente do BC, Alexandre Tombini, falou sobre o tema e antecipou que a alta do dólar e o reajuste de tarifas devem ser apontados como os vilões da inflação neste ano. São os mesmos fatores citados nas cartas anteriores. Segundo ele, o BC trabalhará para colocar a inflação dentro do limite de 6,5% em 2016 e chegar ao centro da meta de 4,5% em 2017.
(Folhapress)
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