Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
23°
Showers in the Vicinity

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Comunidade indígena do Equador teme ser extinta pelo coronavírus

Compartilhe esta notícia:

Infecções pelo novo coronavírus aumentam no território

Foto: Thiago Gomes/Agência Pará
Para a organização, risco deve-se às condições de vida precárias. (Foto: Thiago Gomes/Agência Pará)

Uma das comunidades indígenas do Equador teme ser exterminada agora que as infecções de coronavírus estão aumentando em seu território. O aumento levou dezenas de integrantes a fugirem para a floresta tropical amazônica para se proteger da pandemia, que já matou quase 1.600 pessoas no país.

A nação siekopai, que fica na fronteira entre o Equador e o Peru e é formada por 744 integrantes, tem 15 casos confirmados do vírus, e dois líderes idosos morreram nas últimas duas semanas depois de apresentar sintomas da Covid-19.

Um grande número de siekopais apresentou sintomas da doença, mas quando procurou ajuda de um centro de saúde do governo na cidade vizinha de Tarapoa. médicos disseram que eles estavam apenas com uma “gripe forte”, disse o presidente da comunidade, Justino Piaguaje.

Quando o primeiro dos idosos morreu, em meados de abril, líderes siekopais pediram ao governo do Equador que isolasse a comunidade e examinasse os habitantes, mas não tiveram resposta, afirmou o líder.

“Nós mal chegamos a 700. Fomos vítimas desse tipo de doença no passado, e hoje não queremos que a história se repita”, afirmou Piaguaje em reunião realizada por meio de uma rede social na segunda-feira (04).

“Não queremos nosso povo dizendo que havia 700 de nós e agora há 100. Que escândalo seria para o governo equatoriano nos deixar com uma história tão triste em pleno século 21”, acrescentou.

Com medo do coronavírus, dezenas de crianças e idosos siekopais fugiram de canoa para Lagartococha, um dos maiores pântanos do país, no coração da floresta, para evitar a infecção.

Os siekopais que permaneceram em seu território, na província de Sucumbios, estão recorrendo a remédios homeopáticos para lidar com problemas respiratórios, disse Piaguaje.

Outras nações indígenas da Amazônia equatoriana também têm casos confirmados de coronavírus, de acordo com a organização indígena Confeniae. O Equador já relatou mais de 30 mil casos.

No vizinho Peru, grupos indígenas apresentaram queixa formal à ONU (Organização das Nações Unidas) no fim de abril, de que o governo os deixou por conta própria na luta contra o coronavírus, criando o risco de etnocídio por falta de ação.

Organizações de direitos humanos que trabalham nas regiões amazônicas do Equador dizem que o Ministério da Saúde está negligenciando comunidades como os siekopai, que ainda não receberam exames ou suprimentos médicos, apesar de sua vulnerabilidade.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

O ditador Daniel Ortega, da Nicarágua, age como se a pandemia do coronavírus não existisse
Ministro do Supremo Celso de Mello dá 72 horas para governo entregar vídeo de reunião citada por Sérgio Moro com Bolsonaro
https://www.osul.com.br/comunidade-indigena-do-equador-teme-ser-extinta-pelo-coronavirus/ Comunidade indígena do Equador teme ser extinta pelo coronavírus 2020-05-06
Deixe seu comentário
Pode te interessar