Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2016
O ICS (Índice de Confiança de Serviços) recuou 1,8 ponto em dezembro, para 75,7 pontos. Com a terceira queda consecutiva, o índice caiu para o menor nível desde junho e acumula perdas de 4,9 pontos desde setembro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
“As empresas do setor de serviços seguem no movimento de revisão, para baixo, das expectativas sobre a evolução dos negócios no curto prazo. Com avaliações sobre a situação corrente em patamar historicamente muito baixo e praticamente estáveis ao longo do segundo semestre, a curva de confiança passa a apresentar tendência de queda no último trimestre de 2016”, avalia Silvio Sales, consultor da FGV.
Das 13 atividades pesquisadas no setor de serviços, nove apresentaram queda da confiança em dezembro. O ISA-S (Índice de Situação Atual) caiu 0,7 ponto, para 70,2 pontos, e o IE-S (Índice de Expectativas) recuou 2,9 pontos, para 81,6 pontos.
A maior contribuição para a variação do ISA-S no mês foi dada, novamente, pelo indicador de percepção com a Situação Atual dos Negócios, que caiu 1,3 ponto, para 69,7 pontos. Entre os indicadores integrantes do Índice de Expectativas, o destaque negativo foi o de Tendência dos Negócios para os seis meses seguintes, que recuou 3,8 pontos, para 83,1 pontos.
O NUCI (Nível de Utilização da Capacidade) do setor de serviços variou 0,1 ponto percentual em novembro, para 82,7%. No quarto trimestre, a média do NUCI ficou em 82,6%, apenas 0,1% abaixo da média registrada no trimestre anterior.
Análise Trimestral dos Indicadores
A análise da evolução dos indicadores-síntese revela que, em 2016, o ICS avançou continuamente no segundo e terceiro trimestres, apoiado sobretudo na melhora das expectativas. Entre o primeiro e o terceiro trimestres, o ICS avançou 9,4 pontos, com as expectativas acumulando 16,8 pontos, contra apenas 1,9 ponto de aumento do ISA-S. O início de uma fase de calibragem nas expectativas no quarto trimestre interrompeu essa trajetória de recuperação da curva de confiança.
Ao longo do ano, as avaliações das empresas sobre a situação corrente permaneceram em patamares muito baixos, embasadas em uma percepção mais realista sobre a evolução dos negócios. O ajuste para baixo das expectativas sugere que o setor demorará mais tempo que se previa anteriormente para retornar ao crescimento.