Segunda-feira, 06 de maio de 2024
Por Cláudio Humberto | 14 de março de 2020
Em casa, sob quarentena, o senador Nelsinho Trad (MDB-MS), decidiu apoiar a ideia, sob exame pelo seu colega Davi Alcolumbre (DEM-AP), de decretar “recesso” no Congresso, em razão do avanço da pandemia do coronavírus. A proposta tem sido muito criticada porque, afinal, já foram adotadas medidas para impedir o acesso do povo ao Congresso onde senadores e deputados trabalham apenas às terças e quartas, desfrutando de um “recesso branco” de cinco para cada oito dias.
Fechando portas
Esta semana, Senado e Câmara já impuseram restrições de acesso de cidadãos comuns às suas dependências, a pretexto do coronavírus.
Possível contágio
O senador Nelsinho Trad, que é médico, está sob quarentena porque é um dos suspeitos da doença. Ele viajou para Miami com Bolsonaro.
Hora da verdade
Os presidentes do Senado e Câmara fizeram testes para coronavírus, além de vários outros parlamentares preocupados.
Passeio custoso
Após viajar nas asas da FAB para França e Espanha, áreas críticas do coronavírus, Rodrigo Maia entrou no rol de suspeitos com a doença.
Hospitais acusados de abrir vagas para infectados
A decretação de pandemia para coronavírus, cuja transmissão agora é “comunitária”, tem provocado uma mudança de atitude em hospitais importantes como o célebre Albert Einstein, de São Paulo. Familiares de pacientes internados nesse hospital agora percebem uma pressão para que transfiram os pacientes para suas casas, em “home care”. O objetivo seria abrir vagas para possíveis contaminados de coronavírus. Por sua assessoria, o Einstein nega com veemência essa intenção.
Leva-e-traz
Familiares afirmam que o hospital sugere levar os doentes para casa e, se necessário, que chamem a ambulância. A R$2,6 mil por chamada.
Parece pouco caso
Na tentativa de persuasão, segundo os familiares, fica a impressão de “pouco caso” com a sorte dos pacientes, sobretudo os mais velhos.
Escolhendo quem morre
Na Itália, epicentro europeu do coronavírus, discute-se dar oxigênio de acordo com a idade do paciente, mas privilegiando os mais novos.
Marília candidata
O PT decidiu finalmente que a deputada Marília Arraes (PE) será a candidata do partido à prefeitura do Recife. A decisão derrota o senador Humberto Costa (PT-PE), que insistia no apoio à candidatura do PSB por razões meramente fisiológicas, um vexame.
Suspeito nº 1
Com diagnóstico confirmado de coronavírus, o prefeito de Miami, Francis Suarez, é quem pode ter transmitido a doença para o secretario de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten.
Sintomas
Fábio Wajngarten contou ontem que se sentiu mal durante o voo de volta, e já chegou em São Paulo febril. Desembarcou usando máscara, pegou as malas e seguiu direto para o Hospital Albert Einstein.
Caso de divã
Teve gente inconsolável com o negativo de coronavírus de Bolsonaro. Em vez de pedir perdão, inventou uma desculpa por difundir notícia falsa: que bolsonaristas a “plantaram” para “desmoralizar a imprensa”.
Gol de placa
O general e ministro Augusto Heleno (Segurança Institucional) descobriu ser mais querido que imaginava: o “coronavírus negativo” foi comemorado no Planalto como um golaço do seu Flamengo.
Índio quer celular
Na reunião da Comissão Mista em Defesa dos Povos Indígenas, o que chamou atenção foi o grande número de aparelhos celulares de última geração nas mãos dos indígenas.
Proteção suficiente
Segundo a Federação Brasileira de Hospitais “medidas simples como lavar constantemente as mãos com água e sabão, ou utilizar álcool em gel 70%; isolar de pacientes acometidos pela Covid-19; e profissionais de saúde usarem proteção são suficientes para se proteger da doença.
Melhor média
A produção diária de veículos em fevereiro no Brasil foi a melhor desde 2014. Por dia, foram produzidas 11.177 unidades, com 204,2 mil no total do mês. Houve um crescimento de 6,5% em relação a janeiro.
Pensando bem…
…deve ter sido difícil para o canal de TV americano Fox News confirmar informações com um deputado que não sabe falar inglês.
PODER SEM PUDOR
Como fugir de jornalista
Luiz Cláudio Cunha entrevistava ACM, então governador da Bahia, para o perfil na revista Playboy que ganhou o magnífico título “Deus e o Diabo na terra do Sol”, quando, no cafezinho pós-almoço, alguém avisou: “Jornalista Clóvis Rossi ao telefone, governador.” ACM queria evitar o repórter da Folha. Meteu uma garfada na boca: “Aô, bubo bem?” disse ao telefone, de boca cheia. Rossi concluiu que interrompera o governador em pleno almoço, desculpou-se e desligou. Ele não teve nova chance.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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