Por Redação O Sul | 4 de maio de 2016
Pombos são os mais recentes em uma lista longa de animais com habilidades que podem ajudar a diagnosticar e tratar doenças humanas. Embora tenham um cérebro menor que a ponta de um dedo indicador, essas aves possuem uma memória visual impressionante. Provou-se recentemente que os pombos podem ser treinados para ser tão precisos como humanos na detecção de câncer de mama por meio de imagens.
Conheça outros animais que também podem ter um impacto importante na medicina.
Ratos.
Ratos são frequentemente associados à difusão de doenças, no entanto, são farejadores sensíveis que podem salvar vidas. O nariz de um roedor possui até 1 mil tipos diferentes de receptores olfativos, enquanto humanos possuem apenas de 100 a 200.
Na África, esses roedores estão sendo usados para detectar casos de tuberculose. As habilidades de ratos gigantes africanos são estudadas na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo (Moçambique). Eles estão conseguindo detectar, em amostras humanas de muco, um cheiro específico produzido por bactérias da tuberculose.
Esse método é acessível e também preciso: os ratos são capazes de detectar mais infecções por tuberculose e, consequentemente, salvar mais vidas.
Cachorro.
Recentemente, a atenção da medicina se voltou a cães que parecem ter a habilidade de detectar quando pessoas com epilepsia estão prestes a ter uma convulsão, ainda que a própria pessoa não tenha ideia disso. Não se sabe ao certo como os cachorros podem detectar uma convulsão.
Suspeita-se que mudanças mínimas nos gestos da pessoa possam alertá-los. Outra hipótese é algum indicador no olfato ou na audição. Embora haja pouca evidência científica sobre a eficácia desse método, as observações práticas de cães mostram resultados.
Vacas.
Seja qual for a denominação, saliva pode ser vista como algo nojento. Mas muitos animais lambem suas feridas, aplicando boas porções dessa substância para tentar evitar infecções. A saliva no mundo animal pode ter propriedades antimicrobianas – e isso inclui a “baba” de vacas.
Estudos mostraram que há proteínas nos fluidos corporais das vacas, incluindo saliva e leite, que possuem características antiparasíticas. A saliva também contém proteínas, chamadas mucinas, que podem atuar para evitar a entrada de mais bactérias em uma ferida. Especialistas, contudo, não recomendam deixar um animal lamber as suas feridas, já que poderiam introduzir outras bactérias nesses locais e causar outros problemas.
