Quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de agosto de 2017
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) votará neste sábado (05) uma resolução com novas sanções contra a Coreia do Norte, em resposta aos últimos testes com mísseis balísticos intercontinentais realizados pelo regime de Kim Jong-un. De acordo com as Nações Unidas, a votação será às 15h no horário de Nova York (16h de Brasília).
Os 15 integrantes do Conselho de Segurança vão analisar texto de iniciativa dos Estados Unidos, que propõe um importante aumento das sanções sobre Pyongyang. Segundo fontes diplomáticas, as novas medidas poderiam reduzir em até US$ 1 bilhão por ano os investimentos que o país obtém com suas exportações.
Entre outras coisas, o texto estabelece que a Coreia do Norte não poderá vender ao exterior, direta ou indiretamente, carvão, ferro e chumbo, além de peixes e mariscos; e que todos os países deverão garantir que suas empresas e cidadãos não adquiram estes produtos.
O texto também assinala que os governos devem proibir seus cidadãos de realizarem novos negócios conjuntos com entidades e indivíduos da Coreia do Norte e, com algumas exceções, expandir os já existentes.
Além disso, a proposta amplia o número de pessoas e entidades sob sanções da ONU, o que acarreta na proibição de viagens e no congelamento de seus ativos no exterior.
Concretamente, o texto acrescenta outros nove indivíduos vinculados com o regime e quatro entidades, entre elas a companhia nacional de seguros, o principal banco de câmbio e um grupo que envia trabalhadores norte-coreanos para outros países.
A proposta de resolução está sendo apresentada após um mês de negociações entre EUA e China, o principal aliado da Coreia do Norte no Conselho de Segurança, com o objetivo de tentar obter um acordo para responder ao primeiro lançamento de um projétil balístico intercontinental por parte de Pyongyang.
As discussões, realizadas sob grande sigilo, avançaram muito lentamente, o que deu tempo para a Coreia do Norte testar um novo míssil balístico na semana passada.
Desde o início do processo, a Rússia se mostrou crítica, questionando a conveniência de aumentar as sanções sobre o regime norte-coreano.
Além disso, Moscou mantém diferenças com os países do Ocidente sobre a análise técnica dos últimos testes norte-coreanos. Enquanto a maior parte da comunidade internacional considera que os projéteis disparados são mísseis balísticos intercontinentais, capazes, por exemplo, de alcançar o Alasca, Moscou fala de foguetes de médio alcance, parecidos com outros testados anteriormente.
Para seguir em frente, a resolução necessita do voto favorável de nove dos 15 países do Conselho de Segurança e nenhum veto por parte dos cinco membros permanentes: EUA, Rússia, China, França e Reino Unido. (AG)