Domingo, 05 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2015
A probabilidade de a presidenta Dilma Rousseff sofrer um impeachment subiu para 50%, segundo a consultoria política Arko Advice. “Os acontecimentos da semana passada fortaleceram o movimento em favor do impeachment”, escreveram os analistas em relatório a clientes.
Até a semana anterior, a Arko atribuía uma probabilidade de 45% para o impeachment. Entre as razões citadas para o aumento estão a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) que rejeitou por unanimidade as contas do governo de 2014, e também o julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que votou pela abertura de investigação das contas da campanha da chapa de Dilma e Michel Temer.
“A rejeição das contas de 2014 pelo TCU expõe deputados e senadores a uma posição difícil: destruir de vez a Lei de Responsabilidade Fiscal ou rejeitar as contas de Dilma, dilema de um Congresso enfraquecido e sem liderança”, disseram os analistas que assinam o relatório.
Segundo pesquisa da consultoria na Câmara, 51 deputados de cem ouvidos consideram que o debate do impeachment é provável ou muito provável nos próximos meses. “Nossas fontes informam que existem entre 240 e 290 deputados a favor da abertura do processo. O bastante para aprovar sua admissibilidade, mas insuficiente para autorizar a abertura do processo”, escreveram.
A Arko ressalta que o aumento da possibilidade de impeachment não significa que o governo tenha perdido condições de resistir e recuperar alguns pontos. “No entanto, os sinais captados no Planalto e no Congresso indicam que a qualidade da resistência é ruim”, disseram.
“Por mais que o País tenha compromisso com a institucionalidade e não esteja disposto a promover um impeachment ‘à paraguaia’, o risco de sua ocorrência é real. Dilma deverá conviver por algum tempo com o enfrentamento da questão.” (AE)