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Geral Consumo desaquecido e mercado imobiliário em desaceleração prejudicam a criação de empregos na China

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Entre os principais produtos exportados, pelo Brasil, estão: soja, ferro, petróleo, carne bovina congelada e polpa de celulose, segundo dados do Observatório de Complexidade Econômica. (Foto: Reprodução)

Só dá para ver o sol acima dos telhados, mas centenas de candidatos a emprego já estão inquietos na manhã de 26°C – e vai esquentar mais. Além disso, há também o aquecimento da economia resultante da desaceleração pós-pandemia da China.

Quando uma minivan estaciona em uma rua em Majuqiao, nos arredores de Pequim, dezenas de pessoas correm em direção a ela. “Qual é o trabalho?”, gritam para um homem no veículo, tentando ser vistas na esperança de ganhar algum dinheiro e escapar do sol de verão.

O processo de seleção parece mais uma briga do que uma entrevista de emprego. O grupo de pessoas e o motorista gritam uns com os outros durante um breve período, antes de alguns homens mais jovens entrarem no veículo. O motorista forte impede que os rejeitados entrem também, bate a porta e acelera.

A cena frenética – repetida inúmeras vezes todas as manhãs numa esquina onde pessoas esperam ser escolhidas para trabalhar naquele dia – é uma prova das perspectivas de emprego desanimadoras na segunda maior economia do mundo.

A economia da China está tendo mais dificuldade do que o esperado para deixar para trás os três anos de lockdowns da política conhecida como “covid zero”, com os dados mais recentes mostrando que o crescimento continua lento.

O mercado imobiliário e as construções, responsáveis por cerca de um quarto do crescimento econômico, estão em queda. O consumo continua morno, pois as famílias estão cautelosas. Governos locais endividados estão flertando com calotes.

Em conjunto, esses desafios econômicos provocaram um grande aumento do desemprego, sobretudo entre os jovens. A taxa de desemprego na faixa entre 16 e 24 anos atingiu um recorde de 21% em junho, embora um economista acredite que o número real talvez esteja próximo de 50%.

As preocupações generalizadas sobre como conseguir um emprego e ter uma renda – seja para um trabalhador braçal em busca de ocupação de curto prazo no setor de construção, seja para um recém-formado procurando trabalho em uma empresa de internet – são inquietantes para o Partido Comunista Chinês e seu poderoso líder, Xi Jinping.

A liderança do partido justifica há muito tempo seu governo autocrático com a promessa de um futuro econômico melhor. Xi foi ainda mais longe com promessas ambiciosas de combater a desigualdade e proporcionar a “prosperidade comum” a toda a sociedade chinesa. Mas os antigos motores da China para um crescimento econômico rápido – um boom da construção e a urbanização em massa – estão perdendo força, o que significa menos empregos em todos os setores.

“Quando as pessoas do mundo dos negócios não têm certeza das perspectivas econômicas, as empresas ficam relutantes em expandir o emprego”, diz Zhang Jun, chefe do Departamento de Economia da Universidade Fudan, em Xangai. E isso, por sua vez, significa menos gastos. “Por causa do impacto epidêmico, a renda de muitas pessoas não aumentou ou talvez tenha até mesmo diminuído, e muitas famílias ficaram mais cautelosas”, disse.

As estatísticas econômicas frágeis são evidentes nas ruas de Majuqiao, um dos poucos locais remanescentes na capital chinesa onde os trabalhadores de outras cidades podem ter a esperança de encontrar um trabalho a cada dia.

O sonho delas de ganhar bem na cidade grande está desaparecendo. Muitas estão pensando em deixar a cidade. Embora os salários tenham aumentado para os trabalhadores braçais, eles não acompanharam a inflação, e esses profissionais encaram um futuro sombrio, de acordo com pesquisas que viralizaram há pouco tempo e foram rapidamente censuradas. As informações são do jornal The Washington Post.

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