Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Armando Burd
A divisão do PMDB se torna fratura exposta.
O ministro Eliseu Padilha, como integrante do conselho político do governo, tem tarefa adicional neste fim de semana: acender um fósforo úmido para que Michel Temer e Renan Calheiros fumem o cachimbo da paz. Os dois divergem sobre alinhamento com o Palácio do Planalto. Se sobrar tempo, Eduardo Cunha poderá dar também uma baforada.
É curiosa a situação: enquanto o PSDB, principal força da oposição, dorme em berço esplêndido, o governo enfrenta conflitos frequentes com o PMDB, tido como aliado. Agora, há fortes evidências para duvidar do apoio. Dentro do PT, cresce movimento para dar um basta. Na próxima semana, o presidente nacional, Rui Falcão, buscará conversa direta com o comando peemedebista. Até as xícaras da mesa vão balançar.
Rápidas
Os governadores em dificuldades mantêm linha aberta com o Palácio Piratini. Aguardam a reação sobre o descumprimento do contrato do pagamento da dívida com a União. Se os repasses federais não forem suspensos, seguirão o exemplo de José Ivo Sartori.
A deputada estadual Juliana Brizola na reunião da executiva, segunda-feira, defenderá que o PDT deixe o governo federal. Motivos: o esvaziamento de funções do Ministério do Trabalho e os cortes no orçamento da Educação.
Na Assembleia Legislativa, ontem, as opiniões se dividiam: alguns achando que a presidenta Dilma falará hoje por rádio e TV. O anúncio de que se omitirá seria para enfraquecer o panelaço.
O programa de propaganda do PP em rádio e TV, ontem, tratou da questão dramática das drogas e apoiou a redução da maioridade penal. Vários parlamentares falaram, mas os gaúchos ficaram de fora.
Está decidido: o Executivo não enviará pacote ao Legislativo. Os projetos com gosto amargo irão em conta-gotas.
O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, fará nova radiografia da situação do Estado, na quinta-feira próxima, na Comissão de Finanças da Assembleia. Dia 11, será a vez do antecessor, Odir Tonollier.
Os ventos não são favoráveis e o governo federal corre contra o tempo: precisará aprovar até o dia 23 deste mês os projetos do ajuste fiscal. Envolvem restrições ao acesso a recursos de pensão e auxílio doença, além de auxílio desemprego e abono salarial.
Dá de tudo: o Cpers denuncia grupo de supostos advogados que ligam para servidores públicos condicionando o recebimento de créditos decorrentes de processos judiciais ao pagamento antecipado por meio de depósito bancário. É fraude.
Pela primeira vez, a presidência nacional do PCdoB, que completa 30 anos na legalidade, será entregue a uma mulher. Luciana Santos, deputada federal de Pernambuco, está no segundo mandato.
Para a série As Aparências Enganam: ações da Petrobras disparam quase 50% em abril.
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