Colunistas Coringa do Governo, Onyx volta a despachar ao lado de Bolsonaro

Antes de dar posse a Onyx Lorenzoni, Bolsonaro esteve no Estado do Acre. (Foto: Reprodução)

Parceiro de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, quando apenas os dois, mais Eduardo Bolsonaro caminhavam pelos corredores da Câmara projetando uma futura candidatura presidencial, Onyx Lorenzoni, que já chefiou a Casa Civil, deixou agora o ministério da Cidadania e assumiu ontem a Secretaria-Geral da Presidência da República, cujo gabinete fica no Palácio do Planalto, no mesmo pavimento do gabinete presidencial.

Jair Bolsonaro o define como um “coringa” do seu time. E Onyx concorda: “Não há uma dança das cadeiras. O que há, é uma relação de amizade e lealdade para com o presidente e eu estou disponível para ajudar onde for designado.” Ele chegou ao Palácio do Planalto minutos antes da solenidade, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, com quem esteve visitando o Estado do Acre,para verificar a extensão dos prejuízos causados pelas enchentes.

Pontos positivos, segundo Onyx

Além da demarcação de uma posição ideológica relevante no jogo político, Onyx vê muitos pontos positivos no governo de Jair Bolsonaro. Apenas para alinhar os mais recentes, destaca o fato do Brasil estar entre os países do mundo que mais curou pessoas da covid-19, e a ausência de qualquer apagão de logística de alimentação e combustíveis nos piores momentos da pandemia desde 2020.

STF continua querendo governar e legislar

Mantendo o cacoete de interferir em temas específicos de outros poderes, alguns ministros do Supremo Tribunal Federal estariam dispostos a pressionar o Congresso, para alterar o texto da Proposta de Emenda à Constituição que trata da imunidade parlamentar. Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que a “não é a PEC da impunidade”. Pouco antes de o plenário iniciar sessão sobre o assunto, Lira mandou um recado: “a inviolabilidade não foi revogada e sua autoria é dos mesmos que inscreveram as atribuições da Suprema Corte na mesma Constituição,” e reagiu às críticas de que o texto seria elaborado para evitar qualquer punição a deputados e senadores.

Nos bastidores, ministros do Supremo Tribunal Federal estariam classificando a proposta de PEC da impunidade e avaliam que as relações entre o Congresso e o Supremo podem piorar se a proposta avançar. Em síntese: o STF, quer governar e legislar.

Espaço para o futuro parceiro

Cogitado como o principal parceiro do PSDB na sucessão estadual de 2022, o MDB, com oito deputados na bancada estadual, ganhou espaços ainda mais generosos no governo Eduardo Leite.

O deputado estadual Brum foi confirmado na Secretaria do Desenvolvimento Econômico, que será desmembrada do Turismo.

E ontem mesmo confirmou a indicação do ex-secretário Odacir Klein para a presidência do Badesul.

Lá, já se encontram os diretores Kalil Sehbe e Flavio Lammel.

Não conseguiram encaixar racismo na fala de Weintraub

O Ministério Público Federal decidiu arquivar um inquérito contra o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. O inquérito apurava declarações feitas sobre chineses em 2020. Weintraub, numa interpretação forçada da lei, era suspeito do crime de racismo. Mas, no final das investigações, a Polícia Federal decidiu não indiciar o ex-ministro, por não encontrar elementos que configurassem o crime de racismo. Weintraub se pronunciou no Twitter:

“Gostaria de agradecer ao escritório de advocacia Hadana Tanaka por mais essa vitória.”

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