Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de junho de 2023
Cid respondeu às perguntas na condição de testemunha e não de investigado
Foto: ReproduçãoO ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, prestou depoimento nesta quinta-feira (1º) à Controladoria-Geral da União (CGU) sobre o caso das joias sauditas.
Cid respondeu às perguntas na condição de testemunha e não de investigado. De acordo com Cid, o ex-presidente informou a ele em meados de dezembro de 2022 sobre a existência de um presente retido pela Receita Federal e pediu que ele checasse se era possível regularizar os itens.
Conforme disse em depoimento, não houve ordem de recuperação do presente por parte do ex-presidente, mas sim uma solicitação.
As joias sauditas
O governo do ex-presidente Bolsonaro teria tentado trazer para o Brasil de forma ilegal joias sauditas avaliadas em R$ 16,5 milhões.
As joias foram apreendidas quando o governo Bolsonaro tentava retornar ao Brasil durante viagem oficial à Arábia Saudita, em outubro de 2021. Os itens de luxo avaliados em R$ 16,5 milhões estavam na mochila de um militar que era assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Logo após a apreensão das joias, o militar informou o caso ao ministro que tentou liberar os itens sob alegação de que seria um presente para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL). Entretanto, a Receita Federal decidiu por manter o confisco.
Em mais uma tentativa, em 28 de dezembro de 2022, o próprio ex-presidente teria enviado um ofício para a Receita pedindo a liberação dos bens.
A Polícia Federal então descobriu um segundo pacote de joias entregues a Bolsonaro: o kit com relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário islâmico foi listado como um bem pessoal do ex-presidente.
O segundo pacote de joias foi entregue à Caixa Econômica Federal em março deste ano. Só o relógio da marca Rolex é avaliado em aproximadamente R$ 800 mil.