Sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2016
Acusado de estupro contra uma criança e de corrupção ativa para esconder o crime, o coronel reformado Pedro Chavarry Duarte, 62, foi preso em flagrante. O oficial estava com uma menina, de apenas 2 anos, nua em seu carro quando policiais militares o abordaram em Ramos, na zona norte do Rio. Os policiais chegaram até Duarte após receberem uma denúncia de que uma criança estaria sendo molestada dentro de um veículo estacionado em um posto de gasolina. Segundo os PMs, a vítima foi encontrada no banco do carona, nua e chorando muito. “Nao foi a primeira vez”, disse uma testemunhado caso.
Descaso com a criança.
De acordo com o relato dos militares, alguns instantes após a abordagem dos agentes, uma mulher, que se dizia responsável pela menor, chegou ao local e informou que a mãe da menina estaria presa. Logo em seguida, uma outra mulher que também não foi identificada pelas autoridades, teria chegado com a certidão de nascimento da criança e se dizendo responsável por ela. No entanto, esta mulher também teria dito que essa não é a primeira vez que o coronel oferecia dinheiro para sair com crianças.
Pedofilia.
A denúncia teria partido de uma cliente de uma lanchonete, que fica em um posto de gasolina na própria Rua Barreiros, onde o oficial passou antes para comprar comida. Uma funcionária do estabelecimento o viu com a criança no carro e, quando foi entregar o pedido, se deparou com a menina nua e de pernas abertas. Chocadas com a cena, elas teriam comentado o caso com uma cliente, que resolveu chamar a polícia.
Reincidência.
“Não foi a primeira vez que minha colega o viu com uma criança dentro do carro. Uma outra vez, ele estava com um menino”, relatou uma funcionária, que não quis se identificar. O coronel tentou justificar a ação dizendo que a criança era filha de uma conhecida e que a mãe dela já estava chegando ao local. Em seguida, o oficial tentou “oferecer vantagens” aos policiais, que decidiram gravar a conversa em vídeo. O coronel foi encaminhado a uma unidade prisional do sistema de segurança carioca.
Chavarry pode ser expulso da corporação.
Os investigadores vão identificar os demais envolvidos e apurar de que forma que a criança foi entregue ao autor. A Polícia Civil informou ainda que outros detalhes não serão divulgados para não prejudicar a investigação. Chavarry é o atual presidente da Caixa Beneficente da Polícia Militar. De acordo com a Polícia Civil, a menina foi encaminhada ao Instituto Médico Legal e realizou exame de corpo de delito. Ela foi entregue aos responsáveis legais e encaminhada à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima.
O procurador e coordenador de direitos humanos do Ministério Público, Marcio Mothe, falou sobre o caso: “É importante que esse caso seja apurado pela [delegacia] especializada, ante a sua extrema gravidade e peculiaridade”. A assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que o coronel reformado vai responder perante a Justiça comum e também será submetido a um PAD (Processo Administrativo Disciplinar), que julgará sua expulsão.