Segunda-feira, 01 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2015
Para tentar reverter um prejuízo estimado de 900 milhões de reais neste ano, os Correios irão propor ao Ministério da Fazenda um reajuste de 8,9% nas tarifas das correspondências, serviço no qual a estatal tem monopólio no País.
De acordo com o ministro das Comunicações, André Figueiredo, essa medida pode reforçar o caixa dos Correios em 700 milhões de reais por ano. “Existe uma defasagem nas tarifas praticadas e vamos apresentar estudos à Fazenda que mostram que esse reajuste não terá impacto inflacionário. O reajuste seria apenas para as correspondências e não afetaria os serviços de logística e encomendas. Também não cogitamos mexer no preço da carta social, não vai haver impacto para a população que mais precisa”, disse Figueiredo após a cerimônia de posse do novo presidente dos Correios, Giovanni Queiroz.
Crise financeira
Para o ministro, a medida é necessária para que a empresa volte a ser superavitária. Segundo ele, uma das razões para o rombo de quase 1 bilhão de reais este ano é a crise econômica pela qual passa o País, que tem efeitos diretos no setor de logística. Mais cedo, Figueiredo também creditou parte do prejuízo à incorporação de débitos anteriores do fundo Postalis.
Queiroz revelou a estimativa de prejuízo de 900 milhões de reais neste ano, o que será o primeiro resultado negativo da empresa nas últimas duas décadas. “Se não nos modernizarmos, nossos concorrentes vão nos engolir. Hoje, 50% da nossa receita ainda é fruto dessa operação postal, e sabemos que ela está em baixa. Por isso, precisamos que nossas agências vendam mais produtos, temos que buscar mais parcerias para viabilizar mais nossos serviços”, avaliou Queiroz. (AE)