Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2018
A Costa Rica comparece às urnas neste domingo (01) para escolher seu novo presidente, em um segundo turno polarizado entre o evangélico Fabricio Alvarado, extremamente conservador, e Carlos Alvarado, um ex-ministro do atual governo de centro-esquerda.
A votação começou às 6h (9h de Brasília) e prosseguirá até 18h (21h de Brasília). Quase 3,3 milhões de pessoas estão registradas para comparecer a 6.600 locais de votação e escolher entre dois candidatos jovens e jornalistas, que compartilham o mesmo sobrenome, mas que não são parentes e estão em campos opostos da política.
Fabricio Alvarado, um jornalista e ex-deputado de 43 anos, contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, é candidato pelo partido conservador RN (Restauração Nacional), um partido surgido das igrejas neopentecostais que proliferaram na Costa Rica nas últimas décadas.
Carlos Alvarado, ex-ministro do Desenvolvimento Social, tem 38 anos, é jornalista e cientista político. Candidato pelo PAC (Partido Ação Cidadã), atualmente está no governo, defende uma agenda que inclui o casamento gay e o Estado laico.
“É a primeira vez que se polariza uma eleição na Costa Rica entre temas religiosos e de direitos humanos”, comentou o analista Gustavo Araya, da Flacso (Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais).
Fabricio Alvarado se tornou uma opção viável no primeiro turno eleitoral depois que anunciou, no dia 10 de janeiro, sua intenção de retirar a Costa Rica da CorteIDH (Corte Interamericana de Direitos Humanos), que um dia antes havia se pronunciado a favor do casamento homossexual.
Carlos Alvarado, ao contrário, defende esse tipo de união, o Estado laico e uma agenda de direitos humanos. Uma pesquisa divulgada em 23 de março pela Universidade da Costa Rica apontou um empate técnico: p candidato evangélico tem 43% das intenções de voto, contra 42% de seu rival, com 15% de indecisos. A margem de erro da consulta era de 2,8 pontos.