Sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2020
Nas últimas 24 horas, autoridades registraram 1.194 novos óbitos.
Foto: Rovena Rosa/Agência BrasilO total de mortes provocadas pela pandemia de coronavírus no Brasil chegou a 193.875 nesta quarta-feira (30). Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias registraram 1.194 novos óbitos. Até terça, o sistema do Ministério da Saúde contabilizava 192.681 mortes. Há ainda 2.488 óbitos em investigação.
Este foi o segundo dia consecutivo com o registro de novas mortes acima de mil vítimas. Na terça-feira, foram acrescidos 1.111 novos óbitos às estatísticas. A última vez que o número de novos registros em 24 horas havia passado das 1.190 mortes foi em 1º de setembro, quando foram confirmados 1.215 novos óbitos.
O total de pessoas infectadas desde o início da pandemia atingiu 7.619.200. Entre terça e esta quarta, foram registrados 55.649 novos diagnósticos da doença. Até terça, o painel de dados do ministério trazia 7.563.551 casos acumulados.
As informações estão no balanço diário sobre a pandemia do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta quarta-feira. A atualização reúne as informações levantadas pelas secretarias estaduais de saúde de todo o país.
Segundo o painel, há ainda 717.544 casos ativos de Covid-19 em acompanhamento. O número de pessoas que já se recuperaram chegou a 6.707.781.
Estados
No topo da lista de mortes por Covid-19 estão os seguintes Estados: São Paulo (46.477), Rio de Janeiro (25.303), Minas Gerais (11.784), Ceará (9.984) e Pernambuco (9.612). Já entre os últimos no ranking estão Roraima (773), Acre (793), Amapá (919), Tocantins (1.232) e Rondônia (1.805).
Vacina de Oxford
A presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Nísia Trindade, comemorou a aprovação, no Reino Unido, da vacina desenvolvida pela farmacêutica Astrazeneca e pela Universidade de Oxford. Devido a um acordo de transferência de tecnologia, a Fiocruz vai produzir o imunizante no Brasil e prevê concluir o envio de documentos sobre a vacina para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) até 15 de janeiro.
“Estamos todos com a esperança reanimada, digamos assim, com a notícia do registro da vacina da Astrazeneca, que será, no Brasil, uma vacina Astrazeneca/Oxford/Fiocruz”, disse Nísia Trindade. “É um dia histórico, porque é mais um elemento de esperança diante de uma situação de tanto sofrimento. Uma esperança que vem da ciência e de uma visão de saúde pública, porque essa vacina é não só eficaz, não é só de alta qualidade, mas também é uma vacina adequada para países de população do tamanho do nosso país, com as suas diferenças regionais e sociais. É uma vacina adequada para o nosso Sistema Único de Saúde”.
A Fiocruz prevê produzir 100 milhões de doses da vacina a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado no primeiro semestre do ano que vem. No segundo semestre, mais 110 milhões de doses devem ser produzidas inteiramente no Bio-Manguinhos (Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos), vinculado à fundação.
A produção deve começar antes mesmo da concessão do registro da vacina no Brasil, para que já haja doses disponíveis quando a aplicação for liberada. Documentos referentes ao desenvolvimento da vacina já vem sendo analisados em bloco pela Anvisa desde outubro, e o último bloco de informações deve ser enviado à agência no mês que vem. Em seguida, a Fiocruz espera entregar o primeiro 1 milhão de doses ao Ministério da Saúde antes de 8 de fevereiro.
Vacina Sputnik V
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária recebeu no início da noite de terça o pedido de autorização de pesquisa clínica de fase 3 para a vacina Sputnik V, desenvolvida na Rússia.
O pedido foi feito pelo laboratório União Química e deve ser respondido em até 72 horas. Na fase 3, são realizados testes mais amplos com seres humanos. A etapa é obrigatória para a autorização de uso de um imunizante.
As informações sobre o cronograma de pesquisa e quantas pessoas no Brasil devem participar dos testes com a Sputnik V constam na solicitação, mas ainda não foram divulgadas.
Quatro vacinas já receberam autorização para a realização de testes da fase 3 no Brasil: a da Astrazeneca/Oxford, desenvolvida no Reino Unido; a de Coronavac, da Sinovac, desenvolvida na China; e a da Pfizer/BioNTech, desenvolvida na Alemanha e nos Estados Unidos.
A Sputnik V foi a primeira vacina a ser registrada no mundo, em agosto, na Rússia. Ela começou a ser aplicada na terça-feira (29) na Argentina e em Belarus. Resultados da fase 3 divulgados pela Rússia neste mês apontam eficácia de mais 90% na imunização com a vacina.