Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2015
A CPI da Petrobras, que vem tendo suas ações esvaziadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), parlamentares começaram um périplo pelos gabinetes dos ministros tentando buscar apoio para as investigações sobre o esquema de corrupção na estatal. A investida visa diminuir eventuais resistências contra quebras de sigilos e acareações – especialmente as com o ex-diretor Pedro Barusco, que sustenta que o PT foi beneficiado pelos desvios na estatal.
Nos últimos meses, a CPI sofreu derrotas no Supremo. Ministros cancelaram acareações entre personagens importantes do esquema de corrupção da Petrobras, como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e Barusco, impediram busca e apreensão em empresa, liberou a advogada Beatriz Catta Preta de prestar esclarecimento sobre honorários recebidos de investigados na Operação Lava-Jato, e ainda anularam a quebra de sigilo de familiares do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores.
Representantes da CPI se reuniram com o ministro Celso de Mello por mais de duas horas. Na próxima semana, estão previstos encontros com os ministros Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki, relator dos inquéritos que investigam a ligação de políticos com o esquema.
Segundo o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), a ideia é apresentar aos ministros o trabalho que tem sido desenvolvido pela comissão e reforçar a importância de algumas medidas para garantir celeridade às ações. O peemedebista disse que vão ser adotados novos procedimentos, por exemplo, nas convocações para depoimentos, como assegurar direito a advogado. (Folhapress)