Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 25 de setembro de 2020
As diferenças podem ser explicadas por defasagem nas estimativas da população, disputas territoriais, migrações e fraudes
Foto: Elza Fiúza/ABrO número de cidades brasileiras com mais eleitores do que habitantes cresceu 60% desde as últimas eleições, em 2018. Atualmente, são 493 municípios nessa situação. Há dois anos, eram 308.
Os dados são de um levantamento feito pelo site G1 com base nas informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo especialistas e integrantes de Tribunais Regionais Eleitorais, as diferenças podem ser explicadas por defasagem nas estimativas da população, disputas territoriais, migrações e fraudes.
O município com a maior diferença proporcional é Severiano Melo (RN), que tem 6.482 eleitores registrados, mas apenas 2.088 habitantes, segundo estimativa do IBGE. O número de pessoas aptas a votar na cidade, portanto, equivale a 310% da população.
O levantamento mostra que a maior parte das cidades nessa situação é de pequeno porte: 475, ou 96% do total, têm menos de 10 mil habitantes. Dessas, 402 têm menos de 5 mil habitantes.
Revisão do eleitorado
Nos casos em que há muita discrepância entre eleitores e habitantes ou que há um aumento da transferência de domicílios, a legislação prevê que o TSE deve fazer uma revisão completa do eleitorado.