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Política Crises do INSS e do IOF impediram que a popularidade de Lula se recuperasse

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A mais recente pesquisa Quaest aponta que a desaprovação ao governo Lula atingiu 57%. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A mais recente pesquisa Quaest, divulgada nessa quarta-feira (4), aponta que a desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 57%, enquanto a aprovação caiu para 40%. Esse é o pior índice registrado desde o início do terceiro mandato do petista, evidenciando um momento de desgaste crescente para a gestão federal.

Segundo fontes do governo ouvidas pelo blog de Gerson Camarotti, há uma percepção interna de que, mesmo com sinais de melhora na economia, como a redução na percepção da inflação de alimentos e o controle nos preços de combustíveis, a chamada “agenda negativa” tem dominado o noticiário. Isso estaria impactando diretamente a popularidade do presidente, impedindo que avanços econômicos se traduzam em melhora na avaliação do governo.

Por conta disso, o governo está em “alerta máximo”. A nova estratégia será intensificar a divulgação de pautas positivas, como programas sociais, investimentos em infraestrutura e avanços em políticas públicas. Além disso, pretende-se ter um controle mais rígido sobre anúncios e decisões que possam gerar interpretações negativas ou controvérsias desnecessárias.

INSS e IOF

A expectativa dentro do Palácio do Planalto era de que, no intervalo desta última pesquisa, o governo já demonstrasse sinais claros de recuperação de sua popularidade. No entanto, dois episódios específicos contribuíram para aprofundar a crise de imagem.

O primeiro foi o escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teve ampla repercussão. Segundo a pesquisa, 82% dos entrevistados tomaram conhecimento do caso, e 31% apontaram o governo federal como responsável direto pela situação. A resposta considerada lenta e a saída tardia do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, foram vistas internamente como erros de condução que amplificaram os danos à imagem do governo.

O segundo fator foi a decisão de manter o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciada há cerca de duas semanas, como forma de reforçar a arrecadação e tentar cumprir a meta fiscal. Embora a medida não tenha sido amplamente divulgada, entre os que souberam do aumento, 50% consideraram que o governo errou ao mantê-lo.

Interlocutores do Planalto avaliam que, se não fossem esses dois fatores — a fraude no INSS e o reajuste do IOF —, a curva de aprovação poderia ter começado a subir timidamente. No entanto, a sequência de desgastes impediu qualquer recuperação.

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