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Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2019
Acostumado a tirar de letra as entrevistas, Cristiano Ronaldo foi surpreendido ao conceder uma exclusiva a um tradicional programa inglês. Ao participar do “Good Morning Britain”, o astro da Juventus foi às lágrimas ao assistir a um vídeo inédito com imagens de seu pai, José Diniz Aveiro, que morreu quando o craque tinha 19 anos.
Logo após o vídeo, Cristiano chorou e precisou enxugar as lágrimas com um lenço, enquanto era questionado pelo apresentador Piers Morgan sobre os motivos que o deixavam emocionado.
“Eu nunca vi o vídeo. Me desculpe… (O que é mais triste) É ser o número 1 e ele não ter visto nada. Ele não me viu receber prêmios. Minha família viu, minha mãe, meus irmãos, até meu filho mais velho. Mas meu pai não viu nada”, disse.
Cristiano Ronaldo lembrou que seu pai era alcoólatra e, por isso, nunca teve “uma conversa normal” com ele, sem conhecê-lo direito. Na sequência, o luso falou sobre outro tema delicado de sua vida: a acusação de estupro feita pela norte-americana Kathryn Mayorga. Cristiano revelou que o tema causou tristeza e constrangimento no seu dia a dia.
“Eles jogam com sua dignidade. É difícil, você tem namorada, uma família, filhos. E quando jogam com sua dignidade é difícil. Me lembro um dia em casa, com minha namorada, assistindo à TV, vendo notícias. E eles falaram ‘Cristiano Ronaldo isso, aquilo’. E ouvi meus filhos descendo às escadas, e troquei de canal porque estava envergonhado. Apenas mudei de canal para que Cristiano Jr. não visse que falavam mal de seu pai, em um caso muito ruim. Fez eu me sentir muito mal”, desabafou.
José Dinis Aveiro era alcoólatra e morreu com problemas no fígado em 2005, ainda nas primeiras temporadas de CR7 no Manchester United. Perguntado sobre a sua tristeza, Cristiano Ronaldo se abriu.
“Ser o número um e ele não ver nada. Ele não me viu receber os prêmios”, lamentou. “Minha família vê, minha mãe, meus irmãos, mesmo meu filho mais velho. Mas meu pai não viu nada”, completou.
“Eu não conheci de verdade meu pai, cem por cento. Ele era alcóolatra. Nunca conversei com ele, uma conversa de verdade. Era difícil”, recordou.
José Dinis Aveiro foi convocado por Portugal para uma guerra em Angola nos anos 70 e, depois de voltar à Europa, nuca mais parou de beber.
Em 2005, quando soube dos problemas no fígado, Cristiano Ronaldo pagou tratamento para seu pai e o internou na Inglaterra, onde ele morreu.