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Colunistas Cuidado para não morrer do remédio

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Neste momento de Covid-19 seria interessante refletir, talvez de uma maneira pragmática, sobre os reflexos futuros do momento atual.

Há alguns anos fui diagnosticado com hepatite C, e quase morri da cura, sei que alguns morreram da cura. Se tivesse aplicado o protocolo médico na íntegra, teria morrido.

Se por um lado a Operação Lava-Jato colocou na cadeia inúmeros corruptos, entre empresários e políticos, também teve impactos seríssimos na economia. Uma grande maioria quer eliminar a corrupção, mas questiona os impactos negativos do curto e médio prazos, com a demissão de milhares de pessoas e falência de inúmeras empresas.

A exemplo da crise de 2008, basta que um elo se torne inadimplente para que toda a cadeia se torne inadimplente. Isto gera o comportamento de manada que reduz pela metade o valor das bolsas de valores.

É claro que devemos tomar todas as atitudes para salvar o maior número de pessoas e tentar alongar o período de crise, para que se tenha tempo de desenvolver a vacina e que se tenha um número maior de vagas nas UTIs.

Entretanto quando fechamos ou suspendemos academias, shoppings, lojas, turismo, voos, padarias etc., estamos gerando um desaquecimento na economia difícil de ser remediado.

O momento seguinte é a paralisação das indústrias, que já está acontecendo com Mercedes-Benz, de férias coletivas por praticamente 30 dias (25 de março a 22 de abril). Com isto existe o impacto na cadeia de fornecimento, que também deverá parar na mesma proporção.

Empresa parada não tem receita, sem receita não tem emprego, sem emprego não há consumo e a situação da depressão estará implantada.

Estamos gerenciando a crise na medida certa? Qual o impacto, no curto e médio prazos, das medidas de controle que estamos implantando?

Reflita, haverá mais falidos do que falecidos. Não seria melhor, talvez, aceitar um índice de mortalidade (incluindo eu mesmo) e evitar a quebra da sociedade como um todo?

Como responsável pela alimentação e educação de sua família, o que você faria em uma situação de depressão econômica? Sem emprego, sem dinheiro, sem remédio, sem comida.

Paulo Ely – Gestor de empresa com 750 funcionários diretos, eleita melhor empresa média para se trabalhar no Rio Grande do Sul e a sétima melhor do Brasil pelo GPTW

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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