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Economia Dados do Fundo Monetário Internacional mostram que 91% dos países investiram mais do que o Brasil em 2019

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De acordo com dados do FMI, em 2019 o Brasil ocupou o 16º lugar na lista das economias com piores taxas de investimento em proporção do PIB

Foto: Divulgação
Os dados referentes ao PIB dos Municípios de 2018 foram divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento de Economia e Estatística. (Foto: Divulgação)

A recessão causada pela pandemia de coronavírus deve manter o Brasil entre os países que menos investem no mundo. A disseminação da doença paralisou economias globalmente, mas por aqui chegou quando o país ainda tentava se recuperar dos efeitos de crises anteriores.

De acordo com dados do FMI (Fundo Monetário Internacional), em 2019 o Brasil ocupou o 16º lugar na lista das economias com piores taxas de investimento em proporção do PIB (Produto Interno Bruto), de um total de 170 países analisados.

Levantamento  feito a partir de dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), mostra que, em uma amostra com 31 economias avançadas e emergentes, o Brasil foi o quarto país no qual os investimentos mais retrocederam no segundo trimestre do ano – só atrás de Reino Unido, Espanha e Bélgica. Com o agravante de que o Brasil, ao contrário dessas economias, tem ainda muito a fazer em termos de infraestrutura.

Dados sobre a evolução da economia divulgados na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelaram um recuo de 15,4% na taxa de investimentos brasileira entre abril e junho, em relação aos primeiros três meses do ano.

Com isso, a chamada formação bruta de capital fixo – investimentos em ativos que ampliam a capacidade da economia – caiu para um patamar equivalente a apenas 15% do PIB (Produto Interno Bruto), menor até que a taxa de poupança do país, que ficou em 15,5% das riquezas no período.

Pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV-Ibre, Marcel Balassiano afirma que a atual taxa de investimento brasileira está 36,5% abaixo do nível do primeiro trimestre de 2014, que foi o pico do indicador antes da sucessão de crises econômicas pelas quais o país tem passado.

“Pela primeira vez, entramos em uma recessão antes de recuperarmos as perdas de uma recessão anterior. Para falarmos de retomada dos investimentos, primeiro precisamos retornar ao nível de fevereiro deste ano [pouco antes de Estados e municípios determinaram medidas de isolamento social para tentar debelar o contágio da Covid] e, depois, chegar ao nível do início de 2014. Só a partir daí poderemos falar em voltar a crescer”, avalia.

Ele lembra que a distância do Brasil para os outros países em termos de investimentos é estrutural, para além das razões conjunturais das últimas duas crises. Mesmo no auge da taxa de investimentos, em cerca de 21% do PIB no começo da década passada, o Brasil ainda estava abaixo de vizinhos latino-americanos.

“Nas décadas de 1980 e 1990, cerca de 70% dos países já investiam mais que o Brasil. Essa porcentagem subiu para 80% no começo deste século e agora já está em 90%. Não tem outro jeito, para crescer mais e gerar emprego, é preciso termos uma taxa de investimento maior. Estamos ficando para trás, e não é à toa que tivemos duas décadas perdidas nos últimos 40 anos”, acrescenta Balassiano.

Na lanterna

De acordo com dados do FMI, em 2019 o Brasil ocupou o 16º lugar na lista das economias com piores taxas de investimento em proporção do PIB, de um total de 170 países analisados. Em outras palavras, 91% do mundo investiu mais que o Brasil.

A taxa de investimento brasileira, que chegou a 20,9% do PIB em 2013, foi duramente impactada pela recessão dos anos seguintes, caindo para apenas 15,4% do PIB no em 2019. O Brasil perde não apenas na comparação direta com outros países. No ano passado, o país continuou atrás da média da América Latina (19,4%) e bem abaixo da média mundial (26,2%). A taxa de investimento brasileira não chegou nem à metade da média das principais economias emergentes (32,7%).

tags: Brasil

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