Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2019
Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (09) pelo jornal Folha de S.Paulo mostrou os seguintes percentuais de apoio à reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro: contra: 44%; a favor: 47%; não sabe: 6% e indiferente: 3%.
A pesquisa foi realizada nos dias 4 e 5 de julho com 2.086 entrevistados com mais de 16 anos, em 130 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro. Na pesquisa anterior do instituto, realizada em abril, os resultados foram os seguintes: a favor: 51%; contra: 41%; não sabe: 7% e indiferente: 2%.
A queda na rejeição e o crescimento do apoio à reforma entre abril e julho ocorreram entre homens e mulheres, e em todas as faixas de idade, escolaridade e renda familiar, segundo o Datafolha. Após cinco meses de tramitação, a proposta do governo começou a ser discutida – e, para parlamentares mais otimistas, votada – no plenário da Câmara dos Deputados.
Para garantir votos, o governo exonerou dois dos quatro ministros que também são deputados, Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo). Tereza Cristina (Agricultura) também deve deixar o cargo provisoriamente. Apenas Osmar Terra (Cidadania) informou que não voltará à Câmara, pois seu suplente, Darcísio Perondi (MDB-RS), é favorável à reforma.
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que o governo negocia a retirada das forças de segurança do texto principal da reforma da Previdência, que será votado nesta semana, para que seja enviada depois por projeto de lei complementar.
Segundo o presidente, a categoria dos policiais “nunca teve privilégios” e é possível ainda “desfazer possíveis injustiças”. “O que eu tenho falado é a questão do privilégio. Todo mundo está colaborando de uma forma ou de outra com essa questão da Previdência. Agora, privilégio essa classe nunca teve. Então, acho que o ajuste passa por aí”, disse o presidente.
“Pelo que tudo indica, que chegou ao meu conhecimento é que essas classes – da segurança pública – deverão sair da PEC [proposta de emeda à Constituição] e deverão compor uma lei complementar tão logo seja promulgada essa PEC.” Segundo o presidente, os líderes do governo e o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, estariam negociando a questão dos policiais.