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Brasil De 24 integrantes da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, apenas dois declararam que não pretendem dar aval à indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República

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Para o procurador-geral, medida do presidente do Supremo foi "demasiadamente interventiva". (Foto: Reprodução de TV)

Senadores que vão analisar inicialmente a indicação de Augusto Aras para a PGR (Procuradoria-Geral da República) evitaram impor resistências ao nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro.

Entre os titulares da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), apenas dois declararam que não pretendem dar aval à nomeação, enquanto seis se disseram favoráveis, segundo levantamento do jornal O Estado de S.Paulo.

Única representante do PSL, partido de Bolsonaro, na CCJ, a senadora Juíza Selma (MT), declarou que vai votar contra o escolhido para suceder a Raquel Dodge. Na oposição, o vice-líder do PT, Rogério Carvalho (SE), se disse a favor.

A reportagem ouviu 24 dos 27 titulares da comissão, responsável por sabatinar o indicado. Dez não quiseram comentar, seis afirmaram ainda não ter opinião e apenas três não responderam.

Otto Alencar (PSD-BA) e Angelo Coronel (PSD-BA), dois parlamentares que têm se posicionado contra o governo em uma série de votações no Senado, elogiaram a escolha de Bolsonaro para chefiar o principal órgão de investigação do País.

“Ele não vai se dobrar a quem o indicou, ele é um homem do Direito e muito sério”, afirmou Alencar, líder do partido no Senado. “A indicação de Augusto Aras talvez seja o ato mais responsável do presidente da República até então”, disse Coronel.

Em reservado, parlamentares avaliam que as críticas do escolhido de Bolsonaro a condutas da Lava-Jato imprimiram nele um perfil contrário à criminalização da política, o que pode favorecer sua aprovação pelos senadores. Para ser nomeado, ele precisará do voto da maioria no plenário da Casa.

Líder do governo defende indicação de Aras

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirma esperar que o indicado tenha o “apoio de todos os partidos, da direita à esquerda, devido à sua trajetória”. “As críticas que ele fez à Lava-Jato foram devido à ‘midiatização’. Mas ele é um homem que defende a bandeira do presidente contra a corrupção. Tem um perfil adequado e equilibrado”, afirmou o Bezerra Coelho.

Aras chegou a criticar colegas do Ministério Público. Ele afirmou que a instituição estava aparelhada e defendeu uma “disruptura” para a Procuradoria “retomar os trilhos” da Constituição.

Nome de Aras desagradou a senadores “lavajatistas”

Para o líder do PT, Humberto Costa (PE), a oposição deve ouvir Aras para avaliar se concorda com sua nomeação. “O que queremos é que o procurador coloque o Ministério Público para ter uma atuação condizente com a Constituição e acabar com esse estrelismo de alguns servidores do MP e a perseguição política”, disse.

O nome, porém, desagradou a senadores “lavajatistas”, como a Juíza Selma – chamada de “Moro de saias” durante a campanha eleitoral – e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

“Não adianta o presidente escolher um PGR que tenha posicionamentos parecidos com os dele se cada membro do MPF tem o seu próprio posicionamento e independência para trabalhar. Eu não teria feito essa escolha”, afirmou a senadora, que critica a indicação fora da lista tríplice eleita pela categoria.

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A escolha de Augusto Aras para comandar a Procuradoria-Geral da República será o principal teste de resistência da Operação Lava-Jato
https://www.osul.com.br/de-24-integrantes-da-comissao-de-constituicao-e-justica-do-senado-apenas-dois-declararam-que-nao-pretendem-dar-aval-a-indicacao-de-augusto-aras-para-a-procuradoria-geral-da-republica/ De 24 integrantes da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, apenas dois declararam que não pretendem dar aval à indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República 2019-09-07
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