Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de agosto de 2020
Pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostra os seguintes percentuais para o uso dos R$ 600 do auxílio emergencial:
– Compra de alimentos: 53%;
– Pagamento de contas: 25%;
– Pagamento de despesas da casa: 16%;
– Outras despesas: 4%;
– Compra de remédio/máscara/álcool em gel: 1%.
A pesquisa foi realizada em 11 e 12 de agosto, com 2.065 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todas as regiões e Estados do País. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O instituto perguntou ao entrevistado se o auxílio emergencial é sua única fonte de renda.
– Sim: 44%;
– Não/há outras fontes de renda: 56%.
Uso do auxílio com comida, por grupos:
– Nordestinos: 65%;
– Mais pobres: 61%;
– Pessoas com menos instrução: 59%.
Renda familiar mensal, segundo pedido ou não de auxílio:
Até 2 salários mínimos
– Sim: 54%;
– Não: 46%.
Mais de 2 até 5 salários mínimos
– Sim: 31%;
– Não: 69%.
Mais de 5 até 10 salários mínimos
– Sim: 11%;
– Não: 89%.
Mais de 10 salários mínimos
– Sim: 4%;
– Não: 96%.
Escolaridade, segundo pedido ou não de auxílio:
Fundamental
– Sim: 44%;
– Não: 56%.
Médio
– Sim: 46%;
– Não: 54%.
Superior
– Sim: 22%;
– Não: 78%.
Região, segundo pedido ou não de auxílio:
Sudeste
– Sim: 36%;
– Não: 54%.
Sul
– Sim: 34%;
– Não: 66%.
Nordeste
– Sim: 45%;
– Não: 55%.
Centro-Oeste/Norte
– Sim: 50%;
– Não: 50%.
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro tem a melhor avaliação desde que começou o mandato, com um crescimento da aprovação e uma queda na rejeição, mostra pesquisa Datafolha.
O índice dos que consideram seu governo ótimo ou bom subiu de 32%, no levantamento de junho, para 37%, número de agosto. Já os que avaliam a gestão como ruim ou péssima caíram de 44% para 34% no mesmo período. O presidente faz um administração regular para 27% (eram 23% em junho).
Em toda a série no governo Bolsonaro, a melhor marca que o presidente havia atingido foi de 33% de ótimo ou bom, registrada duas vezes, em abril e maio de 2020. Por causa da pandemia, o Datafolha fez as entrevistas por telefone, ouvindo 2.065 pessoas nos dias 11 e 12 de agosto.
A melhora na avaliação de Bolsonaro coincide com a moderação do discurso do presidente nos últimos meses. Desde a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, o presidente abandonou a confrontação pública com outras instituições. O mesmo período marca a consolidação do auxílio emergencial de R$ 600 recebidos por trabalhadores informais durante o período da pandemia.
No corte por regiões, seu melhor desempenho relativo foi no Nordeste, justamente a região que concentra mais pessoas que recebem o auxílio. Lá, a rejeição ao presidente caiu de 52% para 35%. A avaliação positiva subiu de 27% para 33%, mas ainda é a mais baixa entre as regiões do País.
No Sudeste, sua aprovação cresceu de 29% para 36%, enquanto a avaliação negativa foi de 47% para 39%.
O Datafolha também mediu a confiança no presidente. Disseram nunca confiar em Bolsonaro 41% dos entrevistados, enquanto 22% sempre confiam e 35% disseram confiar “às vezes”.