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Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2016
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR), afirmou em audiência à comissão especial da Câmara dos Deputados que, de cada cem casos de corrupção no País, apenas três resultam em processo e punição. Nos demais casos, os corruptos permanecem impunes. Para o procurador, esse é um dos motivos pelos quais o Congresso Nacional deve aprovar o pacote das dez medidas contra a corrupção apresentados pelo MPF (Ministério Público Federal).
A partir das discussões, deputados da comissão especial esperam aprovar os projetos do MPF até o início de dezembro. O pacote teve apoio de mais de 2,2 milhões brasileiros. O procurador Diogo Castor, que também participou da audiência, centrou as críticas no sistema de recursos a decisões judiciais.
O número de recursos existentes permite a réus recorrerem indefinidamente contra determinadas decisões e, com isso, atrasar a tramitação de processos até a prescrição das penas.
Depois de deixar a audiência para retornar a Curitiba, Castor disse que as investigações da Operação Lava-Jato, que estão colocando em xeque o sistema político do País, ainda estão longe de um fim. “A Lava-Jato chegou a um quinto do que ainda poderá avançar”, declarou o procurador. (AE)