Terça-feira, 21 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2016
“Não quero ouvir nem um tamborim perto de mim” , avisa Monique Evans, que se desligou da Mocidade Independente, do Rio, após ter os salários atrasados: “Desisti de receber. Vou deixar para o presidente de honra da escola pagar um bom jantar para a mulher dele. A serpentina é lançada em direção a Rogério Andrade. Foi ele quem levou Monique para a escola, em 2014.
“Eu nem queria ir, tinha acabado de sair de uma clínica de reabilitação, mas faziam questão de mim no desfile”, conta ela, que ficou uma fera ao ler na imprensa que a escola teria pago um tratamento ortomolecular para ela emagrecer:
“Não pedi nada disso. A mulher me dava uns soros. Emagreci por minha conta depois”.
Monique não se decepcionou apenas com a agremiação. Aliás, contra a escola de Padre Miguel, da qual sempre foi torcedora, não tem nada. “Meu coração é deles, mas o carnaval virou um comércio. Depois que vi um contrato sendo assinado na minha frente para que uma pessoa saísse na escola, deu pra mim. A Mocidade deve ser a única que paga para uma famosa sair e não o contrário, como acontece na maioria delas”, dispara.
A Mocidade, no entanto, afirma que não paga para ninguém sair na escola.
A apresentadora tomou tanto horror ao tema que vai passar o carnaval longe do Rio, trabalhando ao lado da namorada, Cacá Werneck. “As pessoas querem ir a camarote para comer, beber e aparecer em fotos. Ficam de costas para os desfiles”, avalia. “Eu vou ter eventos de música eletrônica fora da cidade. Nem quero ver pela TV.”
Monique Evans foi rainha de bateria da Mocidade Independente em 1984. O posto nem existia. Em 2014, ela voltou à escola e saiu no último carro, em uma alusão ao desfile que fez com os seios de fora, em 1985.