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Mundo Declaração do presidente brasileiro de que os Estados Unidos “incentivam” o conflito entre Rússia e Ucrânia foi mal recebida por Washington, segundo integrantes da diplomacia americana

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Causou "surpresa" entre os americanos a forma como o mandatário brasileiro se referiu aos EUA.(Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

As críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos em sua viagem à China incomodaram Washington, principalmente quando Lula disse, na noite de sexta-feira (14), que os EUA não querem a paz, ao se referir à guerra entre Rússia e Ucrânia. Lula disse ainda que os EUA deveriam parar de fornecer armas a Kiev.

Um integrante da diplomacia americana afirmou que não há problema algum em Lula viajar para outros países e estabelecer parcerias estratégicas. Causou “surpresa”, porém, a forma como o mandatário brasileiro se referiu aos EUA.

Esse interlocutor disse ao jornal O Globo que o Brasil pode ter um papel importante em uma negociação de paz para a resolução do conflito no Leste Europeu, se mantiver uma postura neutra “e agir como um líder global”. A conclusão das autoridades americanas neste momento, com base nas últimas declarações de Lula, é que o governo brasileiro apoia a Rússia.

Para participar de uma negociação, Lula teria que manter uma postura neutra, afirmam integrantes da diplomacia americana. Essa fonte cita que Lula já falou “várias vezes” com o presidente da Rússia Vladimir Putin e apenas uma vez com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O membro do governo americano afirma que os comentários de Lula “são unilaterais, desinformados e não construtivos”.

Essa fonte enfatizou que, ao dizer que EUA e União Europeia não querem a paz, Lula repete a “propaganda russa e chinesa favorável a Moscou”. O governo dos EUA sustenta que americanos e europeus, desde o início, tentaram evitar a guerra, mas foram desprezados.

Não há, da parte de Washington, intenção de retaliar o governo do Brasil por causa das críticas de Lula. Nos próximos dias, devem ocorrer contatos entre os governos. A mensagem principal é que os dois países têm uma agenda densa e com muitos interesses, como a mudança climática, os negócios, as conexões culturais, a segurança alimentar e a democracia.

Para o governo americano, não há problema em Brasil e China fazerem comércio com suas respectivas moedas. O presidente Lula também citou o uso do dólar e defendeu o uso de uma moeda única entre países dos Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Os americanos argumentam que a sua moeda é estável, que conta com garantias e credibilidade internacional, enquanto o dinheiro chinês, o RMB, não é tão atrativo, pois Pequim restringe o fluxo de capitais.

Causou incômodo no governo americano o fato de Lula, em sua visita aos EUA, em fevereiro, não ter criticado nenhum país. Quando chegou à China, não poupou os EUA.

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