Quinta-feira, 30 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2020
O humorista diz ser muito amigo de Regina Duarte, nomeada para a Secretaria Especial da Cultura do governo federal
Foto: ReproduçãoO ex-Trapalhões Dedé Santana, 83, conheceu Jair Bolsonaro muito antes do encontro que teve com o presidente, em janeiro, para defender os interesses do circo. Era para ser um encontro de artistas – mas ele acabou incluído no grupo de sertanejos que tinha também uma agenda com o presidente.
“O Paulo Cintura que me apresentou o Bolsonaro”, diz o humorista nascido em Niterói (RJ), citando o ator eternizado na “Escolinha do Professor Raimundo” pelos seus bordões “issa!” e “saúde é o que interessa, o resto não tem pressa!”.
“Sou muito amigo do Cintura, e o Cintura é muito amigo do Bolsonaro. Eles andam juntos o tempo inteiro. Vão à praia, à feira, ele faz ginástica com o Bolsonaro. E fui vizinho do Bolsonaro [no condomínio em que ele tem casa até hoje, no Rio de Janeiro].”
“Naquela época, ele [Cintura] me apresentou: ‘Esse é o capitão, um cara legal’. Ele não era candidato”, lembra. “Fui visitá-lo depois da facada. O pessoal diz que é mentira, mas vi que era verdade. Ele [Bolsonaro] me recebeu com as honras da casa. Pôs cafezinho, cortou bolo. Estava todo enfaixado. Falou: ‘Dedé, desculpa, mas não posso te abraçar’.”
“Ele [o presidente] é muito legal. Fui várias vezes à casa dele. Ele conversa assim: ‘Porra, Dedé, caralho, bicho, tô fodido aqui’. É um cara, assim, povão mesmo”, relata o ator.
O humorista diz ser muito amigo de Regina Duarte, nomeada para a Secretaria Especial da Cultura do governo federal. “Acho que ela vai arrumar muita briga com isso, muita dor de cabeça. Só de levantar a bandeira do Bolsonaro ela arrumou 500 inimigos no meio.”
“A gente tem que respeitar [Regina]. Ela é o mito da TV. Para mim, o Pelé da televisão chama-se Regina Duarte. Ela foi namoradinha do Brasil não é à toa. Ela começou essa merda tudo em preto e branco, ralando. Pô, tem que valorizar”, diz. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.