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Política Defesa de Bolsonaro diz que ele “jamais compactuou” com golpismo, em referência à delação premiada de seu ex-ajudante de ordens

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Bolsonaro afirma que deixou um legado no Brasil e trabalha pelas eleições de 2024 e 2026. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Os advogados de Jair Bolsonaro divulgaram um comunicado em que negam a participação do ex-presidente em “qualquer movimento ou projeto” sem respaldo legal ou que afrontasse o Estado Democrático de Direito, bem como a Constituição Federal (“sempre jogou dentro das quatro linhas”, diz o texto).

O posicionamento é uma resposta à repercussão da revelação de que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, teria dito à Polícia Federal (PF) que o antigo chefe realizou reuniões com a cúpula das Forças Armadas para articular um golpe contra o resultado da eleição de 2022.

Assinam o documento, representando Bolsonaro, os advogados Paulo Amador Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten, que também responde pela assessoria do político.

Confira o comunicado da defesa de Bolsonaro:

“A defesa do Presidente Jair Bolsonaro, diante das notícias veiculadas pela mídia na data de hoje sobre o suposto conteúdo de uma colaboração premiada, esclarece que:

1. Durante todo o seu governo jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal;

2. Jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição e, via de efeito, o Estado Democrático de Direito.

3. Reitera que adotará as medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapolem o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça, e que a defesa sequer ainda teve acesso.”

Delação

Em depoimento à PF, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, afirmou que o então presidente Jair Bolsonaro discutiu com comandantes das Forças Armadas a possibilidade de um golpe de Estado. A informação foi revelada na madrugada dessa quinta-feira (21) pelos jornalistas Bela Megale, no jornal O Globo, e Aguirre Talento, no UOL.

Segundo a apuração, além de Bolsonaro, a reunião contou com a presença da cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar. A pauta foi uma minuta que abriria a possibilidade de intervenção. Caso fosse colocado em prática, o plano de golpe impediria a troca de governo no Brasil.

O fato foi revelado por Cid em depoimento de delação premiada fechada com a Polícia Federal. De acordo com a reportagem, o militar afirmou aos investigadores que participou da reunião.

Segundo o jornal, Mauro Cid relatou ainda que o “então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente”. Já o Comando do Exército afirmou que não embarcaria no plano golpista.

A Polícia Federal investiga se o documento apresentado no encontro com os comandantes é a mesma minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

O almirante Almir Garnier dos Santos foi exonerado do Comando da Marinha no dia 30 de dezembro de 2022. Numa quebra de protocolo, ele não compareceu à cerimônia de posse do sucessor, o atual comandante Marcos Sampaio Olsen, no dia 5 de janeiro deste ano.

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