Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 24 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O emblemático julgamento de hoje no Tribunal Regional Federal da 4ª Região na capital gaúcha, do recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Lula contra a pena de primeiro grau que lhe foi aplicada pelo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, tem um contraponto preocupante: o pedido do Ministério Publico para que a pena seja aumentada em no mínimo, três vezes, partindo da lógica de estes crimes – corrupção passiva e lavagem de dinheiro – que foram praticadas diversas vezes os mesmos crimes, e Moro teria sancionado cada um, apenas uma vez.
Três crimes, três penas diz procurador
O procurador Mauricio Gotardo Gerum, no recurso, diz que deve ser considerado um ato de corrupção independente para cada contrato assinado entre a empreiteira OAS e a Petrobras. Como foram assinados três documentos, Gerum quer que seja atribuído a Lula três crimes.
Instituições funcionam normalmente
A despeito do discurso dos aliados do ex-presidente réu, buscando desqualificar o judiciário brasileiro, a realidade externa é positiva. Ontem, em Zurique, o presidente Michel Temer avaliou para a imprensa internacional que “o julgamento do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva mostra que as instituições brasileiras estão funcionando com tranquilidade”.
Mais uma versão dos desdobramentos do julgamento
Analista do “Valor Econômico”, Raymundo Costa faz uma revelação interessante: “Às vésperas do julgamento que pode tirar Lula da eleição, o ex-presidente e seu círculo mais próximo de amigos ainda encontram tempo para desenhar cenários eleitorais. Nos últimos dias, cresceu a suspeita do grupo de que está em curso uma articulação para que a escolha do próximo presidente seja à francesa. Neste desenho, o apresentador Luciano Huck seria a novidade [Emmanuel Macron], Lula o candidato de esquerda correspondente a Jean Luc Mélenchon e Jair Bolsonaro à candidata da extrema-direita, Marine Le Pen. O plano seria a união da centro-direita em torno de Huck, no segundo turno, seja contra Lula, seja para derrotar Bolsonaro”.
Quais advogados?
Condenado em primeira instância, e aguardando sentença em outros sete processos criminais, o ex-presidente Lula disse ontem em Porto Alegre que “advogados comprovaram a minha inocência”. Referia-se aos seus advogados amigos, e os que atuam nos processos em que figura como réu. Não poderia ser diferente. O estranho seria se os advogados aliados comprovassem sua culpa.
Começa a convocação da Assembleia gaúcha
O que muitos gaúchos não perceberam é que o documento do governador José Ivo Sartori convocando, de forma extraordinária, os deputados para votar o projeto que prevê a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal junto à União prevê o início das sessões nesta quinta-feira, dia 25. A votação dos projetos porém, por acordo, será realizada de segunda a quarta-feira da próxima semana.
Edegar Pretto renunciará à presidência da Assembleia
Cumprindo o acordo firmado entre as bancadas com maior poder de fogo, o PDT deve assumir a presidência da Assembleia gaúcha na próxima sexta-feira, dia 1° de fevereiro. Como os mandatos regimentalmente possuem dois anos, Edegar Pretto (PT) precisará renunciar, assim como os demais membros da mesa diretora, para permitir nova eleição. O acordo prevê a eleição do deputado Marlon Santos, do PDT, para a presidência da casa.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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