Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2017
A defesa de Michel Temer atua para ganhar tempo e adiar o julgamento da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014. O presidente tenta empurrar o desfecho do caso para o ano que vem, quando termina o mandato que ele herdou de Dilma Rousseff.
O Planalto deposita suas fichas em um pedido de vista logo no início dos debates. O ministro Napoleão Nunes já indicou que fará isso na terça-feira, afirmando que precisa estudar melhor o processo. Os advogados de Temer também insistirão na tese da divisão da chapa. Eles dizem que as contas dele e de Dilma eram separadas, e que o presidente não pode ser punido por irregularidades cometidas pela equipe da ex-aliada.
A tese contraria a jurisprudência dominante no Tribunal Superior Eleitoral. Ao julgar ações contra governadores, o TSE tem considerado que a cassação da chapa se aplica a titular e vice. O Planalto ainda aposta na substituição de ministros do TSE para evitar uma eventual cassação. O primeiro a sair será Henrique Neves, cujo mandato termina dia 16.