Segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de março de 2016
Os advogados do pecuarista José Carlos Bumlai, preso na 21ª fase da Operação Lava-Jato, pediram nesta quarta-feira (16) a liberdade provisória do réu. Ele está, de acordo com a defesa, com câncer na bexiga e possui outras doenças crônicas como osteoartrose e diabetes. O estado de saúde é considerado grave.
Bumlai responde pelos crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro perante a Justiça Federal. A 21ª fase da operação, deflagrada em novembro de 2015, recebeu o nome de “Passe Livre” devido à amizade entre o pecuarista e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os investigadores, Bumlai tinha trânsito livre no Palácio do Planato. O empresário chegou a chamar Lula como testemunha de defesa, mas acabou desistindo.
Em depoimento dado à Polícia Federal, em dezembro de 2015, o pecuarista confessou que houve fraude na quitação de um empréstimo de 12 milhões de reais feito por ele no Banco Schahin. Disse também acreditar que o dinheiro seria para pagar dívidas de campanha eleitoral em Campinas (SP) e para “caixa 2” do Partido dos Trabalhadores.
Para sustentar o pedido de liberdade provisória, os advogados afirmam ao juiz Sérgio Moro, que é o responsável pelas ações penais da Lava-Jato na primeira instância, que Bumlai confessou os fatos investigados pela força-tarefa e que esclareceu elementos desconhecidos pela investigação. Os advogados solicitaram que caso Moro não conceda a liberdade provisória que ele rever a prisão preventiva em domiciliar. De acordo com a defesa o tratamento médico é complexo e precisa ser iniciado imediatamente. (AG)