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Por Redação O Sul | 11 de maio de 2017
A delação premiada dos marqueteiros João Santana, Monica Moura e André Santana, funcionário do casal, gerou 22 pedidos ao STF (Supremo Tribunal Federal). Eles fecharam acordo com a Operação Lava-Jato no começo deste ano. Não há, até o momento, informação sobre o que são esses pedidos. Podem ser para abertura de inquérito ou remessa para outra instância, por exemplo. A informação consta da decisão do ministro Edson Fachin de retirar o sigilo do material.
O documento foi assinado na quarta-feira mas se tornou público nessa quinta-feira. A colaboração foi homologada em 4 de abril. Fachin remeteu o acordo à PGR (Procuradoria-Geral da República) para dar ciência sobre a determinação de abertura de contas judiciais.
Isso indica que eles deverão fazer algum depósito em juízo, como, por exemplo, o pagamento de multa. Não há, no entanto, mais detalhes no documento. Geralmente, os acordos de delação incluem algum tipo de compensação aos cofres públicos relativo às verbas desviadas.
Monica Moura e João Santana foram presos em fevereiro de 2016, na 23ª fase da Lava-Jato, suspeitos de receber da Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki dinheiro desviado da Petrobras.
Santana, que foi responsável pelas campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014), estava na República Dominicana, onde trabalhava para reeleição do presidente Danilo Medina.
Depois de cinco meses, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava-Jato na primeira instância, autorizou que o casal deixasse a sede da Superintendência da Polícia Federal no Paraná.
Santana afirmou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que o presidente Michel Temer também se beneficiou do caixa dois repassado à campanha presidencial de 2014. Para ele, o peemedebista, candidato a vice de Dilma Rousseff (PT), “gerou prova” contra si mesmo ao participar de gravações de propaganda política.