Terça-feira, 14 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2016
A divulgação de novos trechos da delação do ex-dirigente da Petrobras Nestor Cerveró deixou o mundo político em polvorosa. Entre os parlamentares, há um sentimento de que o teor da delação cria um “pavor generalizado” tanto entre políticos quanto entre empresários, colocando em um cenário de incertezas o futuro do governo, a sobrevivência do ex-presidente Lula até as eleições de 2018 e a situação de caciques do PMDB, de partidos da base e até de alguns dos principais nomes da oposição.
Na classe política, gerou temor a constatação de que “nada prescreve”, já que as denúncias chegaram ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que deixou a Presidência em 2002.
“A grande novidade dessa Lava-Jato é que não tem ninguém se abraçando para se salvar, é todo mundo querendo furar a boia. Há um pavor generalizado, ninguém sabe se vai sobrar alguém de pé”, disse um peemedebista.
Lideranças de partidos da base e da oposição relatam um clima de apreensão com os desdobramentos das delações em curso de dirigentes da Andrade Gutierrez e do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Senadores avaliam que a delação de Cerveró é pequena perto do que está por vir.
Citado pelo delator, aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dizem que ele está angustiado. “O momento é de apreensão tanto na política quanto no mundo empresarial. Há muitas dúvidas, disse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).